domingo, 28 de setembro de 2014

Arranha-céu

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Comparação da altura dos edifícios mais altos atualmente: Burj Khalifa, Willis Tower, Taipei 101, Petronas Tower e Empire State Building.


Arranha-céu ou arranha-céus é a denominação popular de edifícios dotados de uma altura singular frente aos seus demais e de uma forma geral apresentando formatos de torre. Estes prédios normalmente possuem caráter multifuncional, sendo capazes de abrigar estabelecimentos residenciais, comerciais, de serviços, entre outros. A sua presença no espaço urbano, quando destacada de tecidos urbanos dotados de menor gabarito (altura média das edificações), constitui-se em geral como uma referência ou marco para a cidade, embora ele também possa gerar problemas vários ligados à mobilidade urbana, consumo de energia e segurança.


História

Pirâmide de Quéops, por muito tempo foi a estrutura mais alta do planeta.
Ao longo da História da Arquitetura, com exceção de monumentos como obeliscos, colunas e faróis, verificaram-se poucos edifícios dotados de grande altitude. Normalmente, os poucos exemplares constituíam-se de torres, as quais possuíam algum tipo de significado religioso (como as torres de templos católicos) ou militar. Até o período da Revolução Industrial, os edifícios de uso cotidiano raramente possuíam múltiplos andares.
Até por volta de meados do século XIX, o gabarito máximo encontrado nas grandes cidades capitalistas era de próximo de cinco andares. Uma das razões era devida às escadas, pois ninguém se dispunha a subir até andares altos. Por outro lado, a construção de edifícios altos demandava sistemas construtivos e tecnológicos avançados. Como a maior parte das edificações era construída em alvenaria, quanto maior a altitude, maiores as espessuras necessárias para as suas paredes portantes, seja para suportar os andares superiores ou para resistir aos esforços do vento. Porém, avanços construtivos que tornavam as paredes independentes dos elementos estruturais do edifício, como o concreto armado e a estrutura em ferro (e mais tarde em aço) já possibilitavam a construção de edifícios altos: o inconveniente das escadas, no entanto, era maior e estes sistemas de uma forma geral eram caros.
Em 1852, a invenção do elevador por Elijah Otis eliminou o primeiro empecilho. O segundo problema foi resolvido a partir da popularização dos sistemas construtivos avançados: a pré-fabricação de elementos construtivos em aço nos países industrializados passou a ser gradativamente comum. Na década de 1920, uma junção de fatores — novas técnicas de construção, materiais mais resistentes e a invenção dos elevadores — levou aos arranha-céus. A novidade mudou as formas de consumo, de fazer comércio e, principalmente, de moradia dos habitantes das metrópoles. O arranha-céu passaria a caracterizar-se como símbolo do progresso industrial nas grandes cidades do mundo desenvolvido.
Do ponto de vista urbanístico, a aceitação dos edifícios altos nos grandes centros urbanos deveu-se sobretudo ao conceito conhecido como solo criado: trata-se de um ganho de potencial construtivo face ao custo das propriedades, pois o terreno seria pago pela sua superfície, e quanto se estendesse horizontalmente um edifício, mais cara ficaria a sua construção.


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