Arranha-céu
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Comparação
da altura dos edifícios mais altos atualmente: Burj Khalifa, Willis
Tower, Taipei 101, Petronas Tower e Empire State Building.
Arranha-céu
ou arranha-céus é a denominação popular de edifícios dotados de uma
altura singular frente aos seus demais e de uma forma geral apresentando
formatos de torre. Estes prédios normalmente possuem caráter
multifuncional, sendo capazes de abrigar estabelecimentos residenciais,
comerciais, de serviços, entre outros. A sua presença no espaço urbano,
quando destacada de tecidos urbanos dotados de menor gabarito (altura
média das edificações), constitui-se em geral como uma referência ou
marco para a cidade, embora ele também possa gerar problemas vários
ligados à mobilidade urbana, consumo de energia e segurança.
História
Pirâmide de Quéops, por muito tempo foi a estrutura mais alta do planeta.
Ao
longo da História da Arquitetura, com exceção de monumentos como
obeliscos, colunas e faróis, verificaram-se poucos edifícios dotados de
grande altitude. Normalmente, os poucos exemplares constituíam-se de
torres, as quais possuíam algum tipo de significado religioso (como as
torres de templos católicos) ou militar. Até o período da Revolução
Industrial, os edifícios de uso cotidiano raramente possuíam múltiplos
andares.
Até
por volta de meados do século XIX, o gabarito máximo encontrado nas
grandes cidades capitalistas era de próximo de cinco andares. Uma das
razões era devida às escadas, pois ninguém se dispunha a subir até
andares altos. Por outro lado, a construção de edifícios altos demandava
sistemas construtivos e tecnológicos avançados. Como a maior parte das
edificações era construída em alvenaria, quanto maior a altitude,
maiores as espessuras necessárias para as suas paredes portantes, seja
para suportar os andares superiores ou para resistir aos esforços do
vento. Porém, avanços construtivos que tornavam as paredes independentes
dos elementos estruturais do edifício, como o concreto armado e a
estrutura em ferro (e mais tarde em aço) já possibilitavam a construção
de edifícios altos: o inconveniente das escadas, no entanto, era maior e
estes sistemas de uma forma geral eram caros.
Em
1852, a invenção do elevador por Elijah Otis eliminou o primeiro
empecilho. O segundo problema foi resolvido a partir da popularização
dos sistemas construtivos avançados: a pré-fabricação de elementos
construtivos em aço nos países industrializados passou a ser
gradativamente comum. Na década de 1920, uma junção de fatores — novas
técnicas de construção, materiais mais resistentes e a invenção dos
elevadores — levou aos arranha-céus. A novidade mudou as formas de
consumo, de fazer comércio e, principalmente, de moradia dos habitantes
das metrópoles. O arranha-céu passaria a caracterizar-se como símbolo do
progresso industrial nas grandes cidades do mundo desenvolvido.
Do
ponto de vista urbanístico, a aceitação dos edifícios altos nos grandes
centros urbanos deveu-se sobretudo ao conceito conhecido como solo
criado: trata-se de um ganho de potencial construtivo face ao custo das
propriedades, pois o terreno seria pago pela sua superfície, e quanto se
estendesse horizontalmente um edifício, mais cara ficaria a sua
construção.
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