LGE - Líquido Gerador de Espuma
Canhão, lançador de Espuma
Linhas montadas com mangueira pescadora de LGE
Canhão em Heliponto equipado com mangueira pescadora de LGE
Bombonas reservas de LGE e acessórios de apoio.
LGE, Líquido Gerador de Espuma, ou como alguns especialistas também preferem, Líquido Concentrado Formador de Espuma, trata-se de um detergente líquido e concentrado, especialmente formulado para em mistura com a água pura, do mar ou salobra, formar uma espuma com características física-químicas especiais de resistência química e a temperatura elevadas.
Os LGEs inicialmente classificavam-se em formadores de Espuma Química ou Mecânica de baixa expansão. Com o tempo os LGEs formadores de Espuma Química foram gradativamente sendo obsoletados e substituídos integralmente pelos LGEs formadores de espuma mecânica de baixa expansão. Como o próprio nome informa, um formava espuma como resultante de uma reação química entre seus constituintes e o LGE formador de espuma mecânica, pela ação mecânica na mistura de LGE com água e ar. Como a espuma química, devido a uma série de inconvenientes fora desativada, tudo sobre o qual falarmos daqui em diante refere-se a LGE FORMADOR DE ESPUMA mecânica DE BAIXA EXPANSÃO.
Os LGEs formadores de espuma mecânica de baixa expansão classificam-se em três grandes famílias, descritas a seguir pela ordem de surgimento:
A- LGEs Proteinicos;
B- LGEs Fluoroproteinicos;
C- LGEs Sintéticos-Fluorados.
A- LGEs Proteinicos:
Os LGes Proteinicos foram desenvolvidos a partir de proteína animal. Apesar de possuírem característica superiores 'a espuma química, havia o inconveniente da baixa estabilidade de estoque. Com o tempo surgiram alternativas que tornou este LGE pouco mais estável com a inclusão na sua formula de tensoativos fluorados, surgindo então os LGEs Fluoroproteinicos.
B- LGEs Fluoroproteinicos:
Como o próprio nome diz, trata-se de uma mistura de proteína (animal) e Compostos Fluorados. Esta mistura deu um ganho muito grande de qualidade na espuma formada e também no LGE. O concentrado ganhou estabilidade em tempo de estocagem e a espuma ganhou em fluidez e resistência térmica. A partir disto foi apenas uma questão de tempo para que a proteína fosse substituída completamente, embora ainda esteja em uso.
C- LGEs Sintéticos-Fluorados:
A ultima geração do desenvolvimento dos LGEs encontra-se neste estágio, sendo totalmente sintéticos e fluorados. Os ganhos em performance foram enormes podendo ser enumerados alguns destes:
Maior estabilidade do concentrado em estoque;
Maior fluidez da espuma na superfície do líquido em chamas;
Possibilidade de uso com água doce do mar e salobra;
Uso conjunto com pó químico seco, permitindo um melhor sinergismo na extinção;
Melhor atuação em incêndio com derramamento de líquidos e incêndio "tridimensional";
Rápido abate 'as chamas (rápido Knock Down;.
Aplicações com equipamentos sem aspiração de ar;
Permitindo o uso em Chuveiros automáticos;
Uso em extintores portáteis ou equipamentos pre-mix;
Melhor selagem dos vapores devido a formação de filme aquoso;
Melhora a atuação da água em incêndios da classe A, tais como papel, tecido, madeira, etc..
Mecanismos de Extinção de um LGE AFFF:
LGE: (6 litros)+ Água (94 litros) + Ação Mecânica + Ar = Espuma (300 a 1500 litros)
Espuma: (300 a 1500 litros) lançada na superfície = Colchão de proteção (área de 10 a 50 m2)
Colchão de espuma:
-Abafa: Isolando o combustível do comburente extinguindo as chamas.
-Contorna obstáculos: Devido sua boa fluidez, resultado da ação dos tenso-ativos fluorados, contorna mais facilmente obstáculos.
-Confina o incêndio: A espuma permite que o incêndio seja extinto por partes, mantendo a proteção nas áreas extintas e reduzindo a área em chamas.
-Resfria:
Por conter na fase líquida pelo menos 94 % de água, atua também como um
meio de troca de calor ajudando a resfriar a superfície do combustível e
os obstáculos sólidos.
-Previne re-ignição: Protege a área extinta da re-ignição provocada por objetos quentes.
-Selagem
dos vapores: A ação dos tenso-ativos fluorados, gerando uma maior
rapidez da drenagem líquida, permite a formação de um filme aquoso que
permanece na superfície do combustível e somado a espuma remanescente
gera um excelente selador dos vapores combustíveis.
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