segunda-feira, 29 de setembro de 2014

COMBUSTÃO É FOGO

COMBUSTÃO É FOGO

Combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases. Para que isso ocorra é necessário a união de quatro elementos essenciais do fogo, que são:

CALOR – Forma de energia que eleva a temperatura.
Gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico.

COMBUSTIVEL – É toda a substancia capaz de queimar e alimentar a combustão.
Elemento que serve de campo de propagação ao fogo. Os combustíveis podem ser, sólidos, líquidos ou gasosos.

COMBURENTE – É o elemento que possibilita vida as chamas, e intensifica a combustão.
O mais comum é que o oxigênio desempenhe este papel, porem não é o único, existindo outros gases.

REAÇÃO EM CADEIA – É a queima auto-sustentável.
É a união dos três itens acima descritos, gerando uma reação química. Quando o calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.


FORMAS DE COMBUSTÃO

Combustão Completa
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em comburente.

Combustão Incompleta
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente.

Combustão Espontânea
É aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de bactérias que fermentam materiais orgânicos, produzindo calor e liberando gases, alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor, ocorre também na mistura de determinadas substancias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases.

Explosão
É a queima de gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais confinados.

FORMAS DE PROPAGAÇÃO
O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e Irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objeto com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos absorvera calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

Condução – É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzindo através deles como se fosse um só corpo.

Convecção – É a transferência de calor pelo próprio movimento ascendente de massas de gases ou líquido.

Irradiação – É a transmissão de calor por ondas de energia caloríficas que se deslocam através do espaço.



CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS


INCÊNDIO é combustão sem controle.

Essa Classificação foi elaborada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas/BR e Corpos de Bombeiros/BR.

Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação determina a necessidade do agente extintor adequado.

CLASSE “A”
Combustíveis sólidos, ex. madeiras, papel, tecido, borracha, etc., caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos, sendo que a queima se da na superfície e em profundidade.

CLASSE “B”
Líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis, caracterizados por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta.

CLASSE “C”
o Material e equipamentos energizados, caracterizado pelo risco de vida que oferece.

CLASSE “D”
o Metais combustíveis, ex. magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio e zircônio, caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns principalmente se contem água.

CLASSE "k"
Fogos envolvendo materiais líquidos e sólidos como óleos e gorduras de substâncias comestíveis tendo como exemplo de ambiente as cozinhas industriais. Esta norma passou a vigorar em 1999 pela NFPA e ainda não é muito conhecida.


MÉTODOS DE EXTINÇÃO



Retirada do material combustível, é o método mais simples de se extinguir um incêndio, baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo.

Resfriamento é o método mais utilizado, consiste em diminuir a temperatura do material combustível que esta queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

Abafamento consiste em impedir ou diminuir o contato do comburente com o material combustível.

Extinção química consiste na utilização de certos componentes químicos, que lançados sobre o fogo, interrompem a reação em cadeia.


AGENTES EXTINTORES

Água
Utilizado nos incêndios de classe: A
Espuma
Utilizado nos incêndios de classe: A e B (na classe K é utilizado solução aquosa de acetato de potássio)
Gás Carbônico (CO2)
Utilizado nos incêndios de classe: A, B e C
Pó Químico seco
Utilizado nos incêndios de classe: B e C (na classe D é utilizado pó químico especial)
Gases Nobres limpos
Utilizado nos incêndios de classe: A, B e C


EXTINTORES

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADO
Este é o extintor mais indicado para o combate a príncipio de incêndio em materiais da classe “A” (sólidos); não deverá ser usado em hipótese alguma em materiais da classe “C” (elétricos energizados), pois a água é excelente condutor de eletricidade, o que acarretará no aumento do fogo; deve-se evitar também seu uso em produtos da classe “D” (materiais pirofóricos), como o magnésio, pó de alumínio e o carbonato de potássio, pois em contato com a água eles reagem de forma violenta.
A água agirá por resfriamento e abafamento.
Procedimentos de uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a mangueira e o gatilho;
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZÁVEL (PRESSÃO INJETADA)
Seu uso é equivalente ao de água pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gás propelente, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua utilização, a fim de pressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu funcionamento. O agente propulsor (propulente) é o gás carbônico (CO2).
Procedimentos de uso:
- abrir a válvula do cilindro de gás;
- empunhar a mangueira e o gatilho;
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS)
É o mais indicado para ação em materiais da classe “B” (líquidos inflamáveis), mas também pode ser usado em materiais classe “A” e em último caso, na classe “C”. Age por abafamento, isolando o oxígênio e liberando gás carbônico assim que entra em contato com o fogo.
Procedimentos de uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a pistola difusora;
- atacar o fogo acionando o gatilho.

EXTINTOR DE PQS COM PRESSÃO INJETÁVEL
As mesmas características do PQS pressurizado, mas mantendo externamente uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a ampola de gás;
- empunhar a pistola difusora;
- apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó para a base do fogo.

EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA PRESSURIZADO 
A espuma é gerada pelo batimento da água com o líquido gerador de espuma e ar (a mistura da água e do líquido gerador de espuma está sob pressão, sendo expelida ao acionamento do gatilho, juntando-se então ao arrastamento do ar atmosférico em sua passagem pelo esguicho). Será usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”.
Procedimentos de uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o esguicho;
- apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo.

EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA COM PRESSÃO INJETADA
As mesmas características do pressurizado, mas mantendo a ampola externa para a pressurização no instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a válvula do cilindro de gás;
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o esguicho;
- apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo.

EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA
Embora esteja em desuso no mercado, ainda é possível encontrá-lo em edificações. Seu funcionamento é possível devido a colocação do mesmo de “cabeça para baixo”, formando a reação de soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível a interrupção da descarga. Deve ser usado em princípios de incêndio das classes “A”, “B” e "K".
Procedimentos para uso:
- não deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo;
- no local, inverter a posição do cilindro;
- lançar a espuma contra o fogo.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)
É o mais indicado para a extinção de princípio de incêndio em materiais da classe “C” ( elétricos energizados ), podendo ser usado também na classe “B”.
Procedimentos de uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o difusor;
- apertar o gatilho, dirigindo o difusor por toda a extensão do fogo.

EXTINTOR DE HALOGENADO (HALON)
Composto por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
Atua por abafamento, quebrando a reação em cadeia que alimenta o fogo.
Ideal para o combate a princípios de incêndio em materiais da classe “C”.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o difusor;
- acionar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.

EXTINTOR SOBRE RODAS (CARRETA)
A diferença dos extintores em geral é a sua capacidade. Devido ao seu tamanho, sua operação requer duas pessoas.
Existem carretas:
- de água;
- de espuma mecânica;
- de espuma química;
- de pó químico seco;
- de gás carbônico.

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