Lançamento, armação e fixação de cordas em edifício sinistrado - Lançamento da cordas pelas vias normais de acesso - Lançamento de cordas por escada mecânica - Chaminés, cobogós e escadas - Abordagem a prédio em chamas - Utilização da aeronave para o desembarque - Lançamento de corda por retinida - Retinida a grandes distâncias - Lançamento de retinida do solo - Uso de helicóptero para passagem de corda de um prédio à outro - Lançamento correto do fuzil lança retinida
Lançamento, armação e fixação de cordas em edifício
sinistrado
A seguir são apresentadas algumas formas demonstrativas de como
aparecem as cordas dentro de um sistema prático, bem como o lançamento de
cordas, do topo do prédio sinistrado, por bombeiros que conseguiram acesso a
ele por meio de:
a) vias normais de acesso (figura 69).
Observação: deve ser colocada uma dupla de bombeiros (no mínimo)
no topo do prédio, com materiais de salvamento em altura, para atuarem caso
seja necessário (perda da possibilidade de evacuação por outras vias mais
simples). Eles atendem as vítimas que se deslocaram para o topo do prédio
(figura 69).
b) escada mecânica, escada de gancho, etc.: é necessário o uso de
materiais para a administração dos trabalhos de segurança do local (figura 70).
c) estruturas existentes no prédio.
Observação: o uso de equipamentos ou técnicas de escalada para
acessar o prédio poderá e deverá ser feito apenas nos andares onde não se pode
chegar pelas vias normais. Cabe lembrar que as principais vias de escape a
serem utilizadas são as normais do prédio, porém, deve-se ter em mente que
poderá ocorrer a impossibilidade de sua utilização, quando da chegada do
socorro ou “obstrução” delas no decorrer do evento (figura 72).
d) utilização de aeronave (helicóptero), com o uso de rapel ou do desembarque
suspenso (figura 73).
Observação: o uso do helicóptero é limitado por condições do vento
na área do prédio; correntes de convecção geradas pelo incêndio,
principalmente, pela diferença entre a altura do local sinistrado e a aeronave,
bem como pelas proporções do sinistro e do tipo da aeronave.
Lançamento da corda ao topo do prédio sinistrado
Nem sempre é possível acessar o prédio sinistrado por meio das técnicas
especificadas anteriormente, havendo, no entanto, a possibilidade de lançamento
da corda ao topo do prédio sinistrado. Tal técnica é recomendada quando:
a) existir um prédio muito próximo, pode-se optar pelo lançamento
da corda, ou retinida, junto com um peso simulando uma “marimba” (figura 74).
b) os prédios não são muito próximos e existe à disposição dos bombeiros
um fuzil lança retinida, o qual pode ser usado para lançar a corda ou a
retinida do topo de um prédio para o outro, porém tal atividade fica limitada
pelas condições de alcance do equipamento (figura 75).
c) for possível lançar a corda por fuzil lança retinida do solo ao
topo do prédio. Essa técnica possui alguns problemas para a sua execução como a
altura a ser lançada, a presença de vítimas e como acessar o local (figura 76).
d) houver um helicóptero para fazer a passagem de uma corda de um
prédio para outro, no entanto, esse acesso é dispensável pelos riscos que pode
ocorrer à aeronave. Já a possibilidade da colocação de bombeiros em cima do
prédio sinistrado, tendo em vista que o helicóptero terá que, obrigatoriamente,
passar sobre o sinistro é viável, contudo,
mesmo que o helicóptero passe contornando o prédio, o comprimento da corda, bem
como a altura em que a aeronave estará, acabarão por formar um seio na corda,
e, ainda, devido ao peso desta, o trabalho fica inviabilizado pelos riscos à
aeronave (figura 77).
Observação importante: o lançamento de
projéteis, por meio do fuzil lança retinida, não deve acertar um local
determinado e sim ultrapassar, por cima, a área onde deva cair a corda, evitando
acidentes, como o impacto do projétil em uma vítima que, dependendo do projétil
e da distância, pode ser fatal (figura 78).
Após a colocação da corda no prédio sinistrado, os procedimentos
posteriores estão limitados a:
- existência de bombeiros no prédio;
- escolha do sistema de salvamento a ser realizado devido às condições
dos materiais, às características da edificação e a possibilidade de execução
do salvamento, utilizando-se os prédios próximos, de acordo com as condições do
evento (vento, localização, etc.).
Caso a corda tenha sido lançada sobre um prédio onde existam apenas
vítimas, a primeira providência será orientá-las sobre como amarrar a corda, a
qual será simples (armação de uma corda somente), independente do sistema de
salvamento escolhido. As vítimas devem ser orientadas, também, quanto à
substituição da retinida, se for o caso, pelo cabo de sustentação, escolha dos
pontos de amarração (ancoragem), e a confecção da amarração. Para isso, é preciso
que alguém com conhecimento de nós realize diversas voltas (mínimo 3) no ponto
de amarração e, após essas voltas, realize os nós (que devem ser o mais simples
possível).
A amarração, realizada da forma descrita anteriormente, é bastante segura, pois as voltas realizadas com o cabo diminuem em muito
(quase anulando) a força realizada sobre o(s) nó(s) de arremate.
Após a amarração da corda, feita pelas vítimas, a subida do(s) bombeiro(s)
dependerá da situação ou do sistema armado.
No plano vertical, são feitos os sistemas de descida ou ascensão com
aparelhos. Quando for realizado apenas esse tipo de sistema, de acordo com as
condições do evento, o acesso do bombeiro ao topo é o mais difícil, o qual deve
fazer uso de técnicas e aparelhos específicos para a subida.
Cabe ressaltar que a subida só é necessária quando não é possível
acessar as vias normais da edificação (figura 79).
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