Novo Protocolo 2010 - PCR, segundo a AHA
RCP
Agora a massagem cardíaca é a prioridade
A Associação Americana do Coração divulgou as novas diretrizes mundiais para o atendimento da parada cardiorrespiratória (PCR).
Segundo
documento divulgado na última segunda-feira pela American Heart
Association (AHA), válido também no Brasil, a massagem cardíaca deve ser
priorizada, especialmente quando quem estiver prestando socorro não
tiver treinamento.
A
orientação havia sido adiantada em novembro de 2009, na reunião da
Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (Ilcor, na sigla em
inglês) e só não é válida se a vítima for criança ou em casos de
afogamentos e acidentes, quando é a falta de oxigenação que leva à
parada cardíaca.
O
grande foco está nas massagens cardíacas, que podem ser feitas pela
própria população. A massagem cardíaca data de 1740, mas a maioria das
pessoas não sabe como realizá-la. Se ela for aplicada corretamente e
imediatamente a vítimas de parada cardíaca, pode salvá-las.
Por ano, 308 mil brasileiros sofrem paradas cardíacas.
São
cem compressões por minuto, realizadas na altura mediana do osso
externo do tórax, com profundidade exata de 5 cm, para adultos e
crianças maiores de 1 ano.
Essa
ação, segundo Sergio Timerman, cardiologista do InCor (Instituto do
Coração), pode não só salvar a vida de uma pessoa com parada
cardiorrespiratória como resultar em menor número de sequelas
neurológicas.
BOCA A BOCA
As
novas diretrizes recomendam ainda que somente pessoas treinadas em
suporte básico de vida agreguem a respiração "boca a boca" às massagens
cardíacas.
"Ao
se preocupar com a respiração boca a boca, a pessoa não treinada
diminui o número e a qualidade das compressões, o que não é adequado, já
que são essas as manobras principais até a chegada do socorro médico",
diz Timerman.
As
novas recomendações também visam melhorar a eficácia do tratamento
hospitalar. Além do controle de parâmetros clínicos como pressão
arterial, temperatura e glicemia e eletrólitos, está preconizada a
realização do cateterismo, com angioplastia e implantação de stent,
imediatamente após a para da cardiorrespiratória.
Estudos
internacionais revelam que pacientes vítimas de parada
cardiorrespiratória submetidos a esses procedimentos apresentam até 30%
menos sequelas neurológicas decorrentes da PCR.
Outra
importante técnica recomendada é a hipotermia -técnica de diminuição
controlada da temperatura do corpo, para recuperação de células e de
tecidos danificados pela baixa oxigenação do sangue. Com ela, estudos
apontam que os pacientes têm três vezes mais chances de sobreviver à PCR
sem sequelas neurológicas.
fonte: EstadaoOnline/FolhaOnline/ODia
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