ANCORAGENS - Ancoragens artificiais - Materiais e instruções técnicas - Pitons - Precauções
ANCORAGENS
Ancoragens
artificiais
Chamamos
de ancoragens artificiais todos aqueles elementos que fixamos em uma parede ou
em uma rocha para assegurarmos e/ou ancorarmos uma corda, para descender. Hoje
em dia, a qualidade e quantidade de instrumentos de ancoragem é muito grande,
porém, de pouco vale uma ancoragem sofisticada e de grande resistência, se, em sua
colocação, ela contém erros básicos que podem debilitar ou torná-la perigosa.
Analisaremos esses possíveis erros para saber como otimizar a resistência
dessas ancoragens.
Materiais
e instruções técnicas
Pitons
É o
sistema de ancoragem mais antigo e hoje sua utilização é bastante desprezada em
virtude da existência de mecanismos mais modernos, rápidos e cômodos, que não
deterioram as rochas.
Existe
uma variedade de formas e modelos para utilização segundo o ângulo e a fissura,
porém a diferença essencial é o material com que eles são fabricados. Os pítons
flexíveis são de aço doce e os duros de aço cromo-molibdênio. Este último é o
mais resistente e recomendado, já que, por sua rigidez, atua como alavanca e
sua recuperação é mais fácil.
Os
pítons flexíveis, por sua pouca resistência e duração, devem ser utilizados
somente em rochas brandas com fissuras bem retorcidas, nas quais os duros não
entrariam e destruiriam as gretas.
A
resistência desses materiais é muito diversificada e depende de muitos fatores,
porém só os pítons duros e bem colocados em fissuras horizontais têm grande
resistência, equiparados a outras ancoragens.
A
correta colocação a marteladas em um píton não representa problema algum na
prática. Normalmente, um som cada vez mais agudo acompanha os sucessivos
golpes, se diz que o píton “canta” um som diferente, surdo ou vibrante não é um
bom sinal. (figura 441)
Precauções:
-
tente colocá-los encaixados nas gretas, assim se consegue um maior rendimento.
De igual modo, o píton deve ter a maior superfície possível de contato com a
rocha.
- não
coloque pítons para fissuras horizontais em fissuras verticais e vice-versa, já
que a torção que produz na orelha poderá rompê-lo. Igualmente respeite a
posição correta da orelha.
-
quando não conseguir introduzir todo o píton, coloque uma fita ou cordelete com
o nó pata de gato ou fiel na base do píton, o mais próximo possível da rocha
para reduzir o braço da alavanca.
-
desconfiar dos pítons é bastante normal. O tempo pode torná-los debilitados e
oxidados e as dilatações das rochas podem afrouxálos. Não utilizem as ancoragens permanentes em
vias de escolas devido a essas debilitações. Em montanha alta, os pitons devem
ser revisados antes de sua utilização.
-
atenção nos casos em que forem colocados vários pítons na mesma laje: o efeito
de expansão poderá afrouxar os que foram implantados anteriormente.
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