Capacitação técnico-profissional da guarnição - Chefe de guarnição - Auxiliar n°s. 1, 2, 3, e 4 - Competência dos componentes da guarnição (Chefe de Guarnição e Auxiliares)
Capacitação técnico-profissional da guarnição
Durante a atividade de resgate, devem-se ter claras as atribuições
técnico-profissional previstas para cada membro da equipe, para que todos
saibam, de antemão, o que será cobrado ao longo do atendimento:
Chefe de guarnição: comandante da
guarnição e responsável direto pela coordenação e orientação dos elementos
integrantes da guarnição.
Auxiliar nº. 1: é o elemento que
conhece e é capacitado a empregar as técnicas de primeiros socorros.
Auxiliar nº. 2: é o elemento que
conhece e é capacitado a empregar as técnicas de salvamento terrestre.
Auxiliar nº. 3: é o elemento que
conhece e é capacitado a empregar as técnicas de salvamento aquático.
Auxiliar nº. 4: é o elemento que
conhece e é capacitado a empregar as técnicas de salvamento em altura.
Observação: o condutor de viatura é
auxiliar especializado na condução e operação de viaturas e equipamentos
motorizados de salvamento, não sendo encaixado na guarnição em razão de suam operacionalidade
se diferenciar das ações de trabalho realizadas pela guarnição.
Podemos até encontrar, em alguns conceitos ou manuais, o motorista como sendo o 6º componente da guarnição, mas não há uma padronização,
em conseqüência das funções ou características que cada componente da guarnição
tem de desenvolver.
Apesar de cada componente da guarnição padrão de salvamento ter
sua função e especialização, cada um possui também várias atribuições
fundamentais na realização das diversas técnicas de salvamento e no cumprimento
de ordens específicas dadas pelo chefe de guarnição, as quais objetivam levar a
operação ao sucesso.
Competência dos componentes da guarnição
É importante que todos os integrantes conheçam, previamente, suas
atribuições para que as operações ocorram de forma rápida, sem tumulto e sem
que vários socorristas realizem a mesma ação ou se esqueçam de realizar outras
necessárias à atividade. Por isso, serão especificadas as ações imputadas para
cada membro da guarnição em um salvamento.
Chefe de guarnição:
1) coleta dados referentes à ocorrência;
2) analisa esses dados e antecipar uma avaliação das condições de
trabalho no local;
3) procede a um rápido estudo da situação;
4) verifica o material a ser empregado na operação;
5) verifica se há necessidade de reforço, policiamento, etc.;
6) comanda e coordenar a operação;
7) auxilia na execução da atividade, se for preciso.
Auxiliar nº. 1:
1) aplica seus conhecimentos especializados de acordo com o material
disponível;
2) verifica as condições de segurança do local;
3) executa outras atividades pré-determinadas pelo chefe de guarnição.
Auxiliar nº. 2:
1) porta o material a ser utilizado na operação de salvamento, dentro
de sua especialidade levando-o até o local da ocorrência;
2) opera esse material de maneira adequada e com eficiência;
3) exerce outras atividades, sob a orientação do chefe.
Auxiliar nº. 3:
1) providencia o material que vai ser utilizado na ação de salvamento,
dentro de sua especialidade;
2) inicia as atividades sob orientação do chefe;
3) exerce outras atribuições ordenadas pelo chefe.
Auxiliar nº. 4:
1) providencia os materiais que serão empregados na operação, dentro
de sua especialidade;
2) inicia as atividades, preservando os princípios de segurança;
3) exerce outras atividades determinadas pelo chefe.
O chefe de guarnição, ao concluir sua linha de trabalho, faz convergir
os esforços ao objetivo imediato, coordenando o trabalho de salvamento, mesmo
que essas atividades sejam aquáticas, terrestres ou em alturas.
O fato de os integrantes da guarnição de salvamento possuir especializações
ou funções previamente determinadas não os exime da necessidade de cada um
estar capacitado a exercer as tarefas dos demais, pois todos devem conhecer o
trabalho (função) de cada componente, porém, o ideal é que haja entre os
integrantes um socorrista com as qualidades físicas condizentes para cada
atividade; e intelectuais (técnicas) para tarefas específicas (primeiros
socorros, ações terrestres, ações aquáticas e ações em altura).
Somente em caso excepcional, o socorrista poderá trabalhar isolado
na realização das operações de salvamento. Em princípio, todo e qualquer
trabalho deve ser realizado por duplas, no mínimo, tendo em vista a manutenção
da segurança e a proteção contra possíveis riscos durante a operação
desenvolvida.
A inspeção prévia e o reconhecimento das condições do local ajudarão
a evitar os perigos no decorrer da ação de trabalho. O desenvolvimento e o
rendimento do socorrista dar-se-ão mediante sua ciência de que está seguro
durante a execução do salvamento.
É importante lembrar que todo socorrista deverá estar, nas suas ações
de trabalho, munido de materiais e/ou de equipamentos de proteção individual
(EPI), entre esses, os mais importantes são: luvas, mosquetão, cabo da vida,
capacete, roupa de aproximação, botas, (coturnos), equipamento autônomo de
respiração, etc.
As atribuições de cada componente da guarnição de salvamento são inúmeras,
portanto caberá sempre ao chefe da guarnição atribuir as respectivas
responsabilidades a cada um dos integrantes dentro de cada atividade específica
e de acordo com o trabalho a ser executado.
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