quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Auto-resgate e resgate em uma parede - Acidente ocorrido em conseqüência de uma queda - Quando o resgate apresenta-se complicado, vale a pena esperar e fazer uma análise fria da situação ao invés de atuar rapidamente


Auto-resgate e resgate em uma parede

Chamamos de auto-resgate qualquer operação em que o acidentado pode livrar-se da situação sozinho, o que chamamos de forma autônoma. Resgate é a operação realizada por uma equipe que tem por objetivo socorrer o acidentado, isso normalmente ocorre com meios limitados.
As técnicas mais comuns são as aplicadas no resgate, mas se a situação for considerada complexa e comprometedora, e se for evidentemente necessária a retirada de um acidentado em uma parede ao serem aplicadas por um leigo, existe o risco do agravamento da situação.
Não é fácil considerar todos esses fatores, porém é indispensável ter essa visão para realizar uma atividade ordenada e segura.
Acidente ocorrido em conseqüência de uma queda

O acidente mais freqüente na escalada ou alpinismo é a queda. Tanto suas conseqüências podem ser tamanhas, quanto às causas que ela produz. Uma queda é um incidente sem importância, inclusive em algumas modalidades esportivas, sendo assíduas no jogo.
Uma queda descontrolada pode ter sérias conseqüências para quem a sofre. Se uma queda do primeiro escalador ou do segundo de uma cordada provoca lesões, a atuação posterior, uma vez tomada, poderá ser bastante variada em função de sua gravidade. Nossos meios e a situação na parede, em casos gerais, podem ser:
- a primeira reação do segurança em uma queda é comprovar o estado de quem caiu. Se nos encontrarmos à distância devemos tentar nos comunicar com o acidentado mediante gritos ou visualmente.
- trataremos de levá-lo a um local seguro por seus meios, se as lesões assim o permitir ou poderemos o conduzir a um lugar seguro ou a uma reunião (ancoragem) para que permaneça suspenso o menor tempo possível. Em último caso, teremos de içá-lo para um outro platô.
- em caso extremo, em que o acidentado está suspenso e sem conhecimento adequado (só com cadeirinha de cintura), nossa atuação deverá ser rápida: descer até a vítima e colocá-la um arnês de peito (cinta em oito), com um autoblocante ou um mosquetão preso à corda para mantê-la erguida. A imobilidade em uma má posição, durante um período prolongado, poderá ser fatal (colapso circulatório).
- o passo seguinte é juntar-se ao acidentado em um local seguro para avaliar suas lesões e empregar os primeiros socorros.
- analisar com calma a situação e decidir quais as medidas de retirada devem ser adaptadas dependendo das conseqüências do acidente.
Quando o resgate apresenta-se complicado, vale a pena esperar e fazer uma análise fria da situação ao invés de atuar rapidamente.
Para isso, teremos de valorizar:
- a gravidade das lesões;
- a possibilidade de ajuda exterior;
- os meios disponíveis;
- o número de pessoas disponíveis e suas aptidões;
- as condições do terreno e distância a percorrer;
- as condições meteorológicas;
- o tempo de luz diurna que dispomos;
- os possíveis perigos a que possamos ser submetidos durante a descida;
- os meios de evacuação uma vez no solo.

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