Dispositivos de freio, segurança e descensores - Respectivamente: sistemas oito, ATC e com placa dinâmica / sistemas com mosquetão/técnica asiática (Japão), europeu, de autobloqueio
DISPOSITIVOS
DE FREIO, SEGURANÇA E DESCENSORES
Uma
peça chave na cadeia de segurança é o sistema empregado para frear a corda
depois de uma queda para poder retê-la. Existe uma infinidade de engenhos
(elementos) e cada um possui vantagens e desvantagens, diferenciando-se,
basicamente, em sua maior ou menor capacidade de frear e a diferente facilidade
para poder liberar e recolher a corda (manobralidade). Dependendo dessas
qualidades, cada dispositivo é idôneo para condições ou tipo de escalada
diferente.
Normalmente,
servem também como descensores, no entanto, essa polivalência não é de igual
eficácia em todos os dispositivos.
No
entanto, todos os dispositivos de freio são sensíveis ao manejo,
requerendo sempre um certo hábito. Por sua vital importância dentro do sistema
de segurança deverão ser conhecidas, estudadas suas possibilidades, ao
comprá-los, exigindo os manuais de instruções do fabricante.
Podemos
escolher entre os descensores, como oito, placas, tubo de freio, sistema
mecânico ou, ao socorrido, nó dinâmico (meio balestrinque), inclusive o próprio
corpo. São empregados, normalmente, acoplados à cadeirinha do assegurador
mediante um mosquetão de segurança e quase todos têm o mesmo princípio de utilização
baseado na maior ou menor fricção de uma corda com o dispositivo, ou com este,
um mosquetão de segurança que o complementa.
A
corda ativa (a que parte do segurança e vai até o primeiro escalador), para
poder ser freada, passa através de um dispositivo que, por sua vez, passa pela
mão do segurança. A corda do segurança considerada como sobra de corda e
chamada de “corda inativa” ou “corda livre”. Não duvidemos que, por muito que
se treine, ninguém age de forma automática (salvo casos excepcionais),
portanto, por meio de nossa ação imediata, a tensão é freada e mantida pela
nossa mão, em definitivo, para fazer funcionar o sistema. Para garantir uma
retenção (parada) inesperada ao dar e recolher a corda, jamais solte a corda ativa,
se for necessário, com a outra mão detenha a corda ativa durante a manobra ou o
movimento da mão; não deixe que ela perca a tensão.
Como
vimos anteriormente, é importante que o dispositivo de freio funcione de forma
dinâmica ou que não seja parado bruscamente, deixando deslizar certa distância
de corda antes de deter a queda quando em choque. Esse será um procedimento
muito importante.
Recordemos
que o freio dinâmico diminui o impacto final, reduzindo, sensivelmente, o
choque ao qual se submete toda a cadeia.
Esse
deslizamento, que é importante em quedas de alto fator, poderá causar, com o
emprego de alguns dispositivos, queimaduras nas mãos de quem executa a
segurança (com possibilidade de soltar a corda), convém realizar a segurança
sempre com luvas, esse procedimento se torna muito mais importante quanto mais
dinâmico for o sistema empregado.
Essa
medida até então não é muito popular, é uma forma de reduzir acidentes
facilmente evitáveis.
Sabemos
que são os mesmos freios dinâmicos que se aplicam durante o deslizamento quando
a queda é considerada muito forte, porém, nossa mão deve segurar com toda força
possível a corda inativa (salvo em circunstâncias excepcionais como na
segurança realizada na neve).
Também
poderão ser realizados asseguramentos praticamente estáticos mediante
dispositivos de bloqueio automáticos.
Tal
procedimento só será recomendado quando todas as ancoragens forem consideradas
excepcionais. Com esse tipo de segurança, tanto a corda como o resto dos
elementos da cadeia sofrem um maior impacto ao ter de suportar maiores esforços
durante a detenção de uma queda.
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