Fitas e cordeletes - Resistência das fitas com nós ou costuras - Resistência de uma fita (segundo as condições de trabalho) - Fita expressa para absorção de choques - As fitas absorvem o choque
Fitas
e cordeletes
As
fitas e cordeletes auxiliares que empregamos durante a escalada
sempre terão de ter resistência similar aos mosquetões, já que ocupam o mesmo
lugar dentro da cadeia de segurança. Essa resistência jamais poderá sem
inferior a 22 KN e deverá estar indicada pelo seu fabricante, principalmente a
costura.
As
fitas vendidas por metro a sua resistência nominal é interpretada por linhas
paralelas (testes por alças) ao longo de todo processo da fita costurada, tendo
como base uma linha equivalente a 500 Kp.
Existe,
no mercado, uma grande variedade de fitas costuradas preparadas para serem
utilizadas como alças, ou fitas expressas que são empregadas em escaladas de
escola com vias bem equipadas (quando os pontos estão bem alinhados). Poderão
ser feitas com fitas curtas (de 12 cm aproximadamente) e, eventualmente, uma
outra mais longa se tiver um ponto de segurança como desvio na linha vertical.
Em
paredes e vias sinuosas, são recomendáveis alças de 30 cm a 60 cm, esta última
pode ser empregada dobrada (30 cm) se necessário.
A
distância e a disposição das fitas, que são utilizadas nos pontos quando se
escala, são importantes para guiar a corda o mais correto possível e evitar o
excesso de fracionamento que poderá tornar lenta a progressão.
Porém,
igualmente devemos levar em conta que fitas muito largas também aumenta a
distância de uma eventual queda (aumenta o seu potencial de choque),
aproximadamente o dobro da distância da fita.
Deverá
ser levado em conta, os pontos com relação ao solo ou saliência para não fazer
uma aterrissagem forçada.
Nós
e costuras nas fitas
As
fitas costuradas superam a resistência das confeccionadas por meio de nós em
cerca de 20% a mais sua resistência, porém, os nós fazem parte de um sistema de
união muito prático, utilizado e também seguro. Melhor seria utilizarmos fitas
costuradas, mas se tivermos de empregar nós, temos de deixar as extremidades
com uma sobra suficiente (mais ou menos uma vez e meia o tamanho utilizado para
se fazer o nó), pois, com o uso constante, o nó tende a cortar a fita e é sempre
bom estar mudando constantemente o nó de posição. Quanto às costuras caseiras,
elas não são confiáveis, pois o processo da costura requer uma máquina
específica é melhor empregar um bom nó a uma fita mal costurada.
Resistência
de uma fita (segundo as condições de trabalho)
A
resistência das alças confeccionadas com cordas e com fitas pode ser afetada
por vários fatores, tais como: os acordoamentos sobre ângulos e estrangulamentos,
devem utilizar fitas costuradas e mosquetões com trava para unir um elemento a
outro, evitando utilizar nó como o pata de gato (nó de alondra figura 585) no
elo de um íton, chapas ou cabos de aço de um excêntrico para fissuras. Se não dispomos
de mosquetões, o sistema da figura 584 é o mais resistente.
Quando
empregamos alças em volta das ancoragens naturais, como em blocos ou grandes
pontos da rocha, o excessivo ângulo de abertura acontece quando utilizamos uma
fita de tamanho inadequado, torna outra situação que diminui a resistência das
fitas e cordeletes (alças feitas com cordas). Para evitá-los, devemos empregar,
fitas com o comprimento ideal para que o ângulo formando seja o mais agudo possível
e nunca maior que 90º.
Os
cordeletes com diâmetros inferiores a 7mm só devem ser empregados para usos
auxiliares que não requerem grande responsabilidade devido à debilidade de
resistência e seu rápido envelhecimento.
A
resistência nominal aproximada de um cordelete entre 4 e 8mm é encontrada multiplicando
o diâmetro por si mesmo e o resultado por 20.
R =
diâmetro x diâmetro x 20
Para
equipar pontos em uma rocha, uma boa alternativa, é os cordeletes de “kevlar”
que é uma fibra especial que resiste de 3 a 4 vezes mais que o nylon e é de
igual peso. Esses cordeletes são fabricados em 5,5 e 6 mm e são bastante
rígidos, o que facilita encaixá-los em pontos estreitos da rocha.
Fita
expressa para absorção de choques
Um
caso especial de fita costurada é aquela fabricada de modo que possa absorver
parte do impacto (“fall arrest” ou “shock absorber”), a qual pode se
descosturar progressivamente de maneira parcial diante de um choque e
dinamizando mais a sua retenção. Essas fitas podem ser usadas em seguranças
duvidosas para que possa suavizar uma possível queda de fator elevado ou, em
caso extremo, em reuniões de ancoragens como medidas de precaução em terrenos
muitos expostos. (Figura 587).
Também
podemos fabricar uma fita expressa absorvedora com um cordelete e um dissipador,
que nada mais é do que uma placa metálica com orifícios para se manobrar a
passagem do cordelete; o roçamento produzido entre o cordelete e a placa ao
tesasse, durante uma queda, transforma parte da energia em calor. (figura 586).
Esses
modelos de fitas têm melhores aplicações nas atividades de escalada artificial
extrema ou em escalada em gelo com seguranças que são consideradas duvidosas.
Conservação:
Como
todos os produtos têxteis utilizados em escaladas, sua vida útil, em condições
de máxima segurança, é de, aproximadamente, 5 anos. Os conselhos de conservação
são os mesmos que os empregados para as cordas.
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