Manobras básicas de ancoragens - Triângulo equalizável para distribuição de forças (Sua utilização só é recomendada quando suas ancoragens são consideradas boas e de igual resistência) - Triângulo equalizável com duas e com três ancoragens - Triângulo com nós para amenizar a tensão no caso de falha no sistema - O uso de nós diminui o impacto em caso de falha no sistema - Ilustração de armações em triângulos simples - Com uma alça em que realizamos um nó central reunindo as diferentes seções de cada ancoragem - Empregando um anilho com duas alças com o nó visto em nós de união (alça dupla para atividades de rapel) - Com várias alças independentes de cada ancoragem - Fazendo a distribuição com um cabo em passagem simples com nós independentes em cada ponto de ancoragem - Triângulo fixo em “V” com um nó central - Dividido com um nó oito de duas alças - Dois exemplos de triângulos fixos com um cabo - Triângulo fixo - Conhecimento sobre angulação é importante em escaladas
Manobras
básicas de ancoragens
Durante
uma escala ou um resgate, sempre teremos de fazer numerosas montagens
empregando cordas e materiais para a realização de diversas manobras: reunião
de ancoragens, deslocamentos, corrimões ou paradas. Dada a responsabilidade que
recai sobre elas, sempre buscamos trabalhar com a máxima segurança.
Levando
em conta que uma instalação é tão resistente como o elemento mais débil que a
compõe (a estrutura), se não encontrarmos meios para assegurarmos a sua solidez
de nada vale uma ancoragem, “podemos assim chamá-la de canhão”, antes a unirmos
com uma fita velha e desgastada. Desconfiar das instalações fixas e envelhecidas existentes
em uma parede, como cabos, claves (fendas), chapas, cordeletes, etc, ante a
dúvida, sempre vale a pena perder um pouco de tempo para reforçar as
instalações do que levar um susto ou algo mais.
As
instalações devem ser montadas com ampla margem de segurança, porém sem
desprezar os materiais que poderão ser de grande necessidade mais adiante, é
muito importante fazê-las bem simples e claras, retirando todo o supérfluo para
evitar confusões, a fim de que mais pessoas possam utilizar essas instalações
sem problemas.
A
melhor forma de garantir a solidez de qualquer reunião ou instalações é
distribuir a carga entre as ancoragens. Essas distribuições podem ser
realizadas de diversas formas, pelo simples modo que, diante de uma eventual
falha de um ponto, os demais pontos possam suportar a carga.
As
instalações devem estar dentro de uma medida que não possibilite
livres roçamentos contra as rochas e/ou quinas vivas, em todo caminho que a
corda recorrer e que sempre fique a salvo de impactos provocados por pedras que
possam cair sobre elas.
Triângulo
equalizável para distribuição de forças
Esse
sistema tão conhecido é utilizado para dividir a carga por igual entre as
demais ancoragens (exceto polias e revés). Sua principal vantagem é que se
ajusta automaticamente diante de uma mudança de direção de carga/força (mudança
dinâmica), continuando com sua função de distribuição equilibrada de forças e
precisamente por repartir (dividir) a carga por igual, tendo de utilizá-lo
sempre com ancoragens de uma resistência similar, para não fazer trabalhar em
excesso os possíveis pontos mais deficientes do sistema. Outro inconveniente é em
caso de falha de um dos pontos, em que as outras ancoragens fiquem conectadas,
pois em função da procedência da tensão de ajuste poderá ser perigoso, na
tensão em si ocorrerá um forte choque entre as peças metálicas e essa tensão de
ajuste, só poderá ser amenizada com a realização de um nó intermediário em
várias partes da fita (na parte mais comprida) fazendo, com isso, o limite de
sua mobilidade.
Sua
utilização só é recomendada quando suas ancoragens são consideradas boas e de
igual resistência.
Para
manobras de resgate sua possibilidade de deslizamento não é de grande vantagem,
já que normalmente a direção da carga será a mesma, porque no triângulo se
confia toda a responsabilidade de uma fita algo que não é recomendado diante de
uma eventualidade, como quedas de pedras sobre a instalação.
O
triângulo poderá ser feito com duas ou mais ancoragens, porém
com mais de três o ajuste de direção tornar-se-á difícil pelo excesso de
fracionamentos.
Como
podemos ver abaixo, se trata de passar as alças por todos os pontos e recorrer
cada seção de alça entre as ancoragens em um ponto central, dando meia volta na
parte inferior do anel (da alça). O triângulo também poderá ser feito com a
própria corda, se não dispormos de alças já prontas ou fitas costuradas.
Triângulo
equalizável com duas e com três ancoragens
No
caso de falha no sistema, existirá uma tensão de ajuste e um perigoso choque de
peças metálicas, como já havia mencionado anteriormente.
Triângulo
simples
Esse
tipo de triângulo só poderá ser feito com uma alça (fita costurada) ou com a
extremidade, da própria corda. É utilizado por ser versátil e por ser
interessante para as reuniões em vias equipadas com ancoragens consideradas
excelentes e não muito próximas. Poderá criar tensões pouco favoráveis e o
desfracionamento do triângulo provoca uma maior carga sobre a ancoragem oposta
a ele.
Triângulos
fixos (instalações em “V”)
Nos
triângulos não equalizáveis, a boa distribuição da carga só se procede em um
ponto central e essa direção de trabalho tem de preveni-la e respeitá-la para o
seu correto emprego. Esse tipo de instalação é recomendada para reuniões com
ancoragens duvidosas, no rapel, em instalações fixas e manobras de salvamento.
Podemos
fazê-la em “V” de diferentes formas:
- com
uma alça em que realizamos um nó central reunindo as diferentes seções de cada
ancoragem.
-
empregando um anilho com duas alças com o nó visto em nós de união (alça dupla
para atividades de rapel).
- com
várias alças independentes de cada ancoragem.
-
fazendo a distribuição com um cabo em passagem simples com nós independentes em
cada ponto de ancoragem.
Triângulo
fixo em “V” com um nó central (a) dividido com um nó oito de duas alças (b).
Dois
exemplos de triângulos fixos com um cabo (c).
Atenção:
Em
qualquer sistema de equalização (divisão), os ângulos que formam os seguimentos
do cabo que unem as diferentes ancoragens terão de estar os mais próximos
possíveis e inferiores a 60º à medida que o ângulo aumenta.
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