Nós autoblocantes - Machard com uma alça - Machard com duas alças - Sistema autoblocante com mosquetão (Bachimann) - Sistema autoblocante com mosquetão e cordelete simples - Sistema autoblocante trançado (Valdostano) - Nó Valdostano (Penberthy) - Nó Belunês (nó Italiano) - Nó Taut-lani - Nó de Mula - Nó de segurança Lorenzi (volta) - Nó para tensão (recurso improvisado)
Nós
autoblocantes
Esses
nós também conhecidos, vulgarmente, como nó “prusik” por ser o nome do
autoblocante mais conhecido. São confeccionados com cordeletes, cordas ou fitas
auxiliares, que se colocam em volta de uma corda principal. Ao serem submetido
a cargas, pressionam e se bloqueiam, para aliviá-los se faz necessário eliminar
a tensão e movê-los com a mão.
Sua
realização consiste em envolver a corda principal mediante várias voltas ou
estrangulamentos, de modo que procurem a fricção e sujeição necessárias. Em
todos esses nós, as voltas deverão ser colocadas paralelas para o seu correto
funcionamento.
A
capacidade de bloqueio desses nós está em função de vários fatores: o nó
utilizado, a diferença de diâmetro entre as cordas, a flexibilidade do
cordelete que servirá de autoblocante, a textura da capa das cordas, o número
de voltas do nó e se estão bem encaixados e, por último, se as cordas estão
secas, molhadas ou oleadas.
São
mais utilizados remontados em cordas fixas, para autosegurança em atividades de
rapel e manobras. São, portanto, nós imprescindíveis para realizar qualquer
manobra de salvamento.
Para
suavizar um cordelete, pode-se optar por fazê-lo mais flexível
para que funcione de forma eficiente como autoblocante.
Podemos
anular uma alma que soma um total de 20% (arregaçar a capa, cortar a alma e
voltar à capa envolvendo o restante da alma), não se esquecendo de manter
intacta a capa.
Com
esse truque, pode-se utilizar cordas de até 9 mm. Com alguns nós, se consegue
um perfeito rendimento.
O
diâmetro mínimo dos cordeletes para fazer esses nós é de 6 mm. Cordeletes mais
finos não devem (não deveriam) ser utilizados por sua debilidade de resistência
e o perigo de ruptura, em caso de deslizamento, é bem maior, em razão de seu
diâmetro e de sua resistência serem menores.
Portanto,
todas as manobras poderiam ser feitas em condições normais, com só um ou dois
nós desse tipo, porém, é necessário saber algo mais para dinamizar o rendimento
e segurança das manobras.
Sofre
com as diversas aplicações, como a qualidade ou quantidade do material
disponível, o estado das cordas, das condições climáticas, etc.
Existem
muitos nós autoblocantes, porém, pelas suas características particulares, cada
um apresenta uma boa aplicação, no entanto, diferentes.
Vejamos
alguns desses nós:
Machard
com uma alça
Esse
nó se bloqueia em uma só direção e funciona muito bem inclusive sobre cordas
molhadas ou oleadas. A resistência do cordelete só se aproveita, em média, 50%.
O nó superior funciona como uma polia, e o inferior deve descer com a alça
curta para melhor bloquear.
Esse
nó deverá ter entre 6 e 7 voltas. É prático para ascensão em cordas fixas,
auto-segurança em rapel e manobras de resgate.
Machard
com duas alças
Variante
bidirecional do nó anterior (trabalha nos dois sentidos) se afrouxa muito bem
quando não está com sobrecarga; aproveita a resistência do cordelete em 100%.
As
alças que se engancham, no mosquetão, deverão ser as mais curtas possíveis,
para que o nó não se estire (se abra) sobre a corda e bloqueie corretamente. É
recomendado com 7 voltas; nó muito prático e importante para auto-segurança em
rapel, ascensor para cordas fixas e todo tipo de manobras, recomendado também
para ser empregado em sistema de polias em cordas fixas.
Sistema
autoblocante com mosquetão (Bachimann)
Nó
unidirecional que se desbloqueia e se desfaz com muita facilidade
tirando o mosquetão. É prático para ascender por cordas fixas, porém para
outros usos como auto-segurança em rapel é deficiente, já que, instintivamente,
tende a se agarrar ao mosquetão anulando sua capacidade de bloqueio.
Sistema
autoblocante com mosquetões e com cordelete simples
Nó
unidirecional similar ao anterior, porém realizado com um cordelete simples,
que funciona sobre qualquer diâmetro de corda.
Muito
importante quando dispomos apenas dos extremos (chicotes) de nossa corda.
Sistema
autoblocante trançado (Valdostano)
Esse
autoblocante unidirecional é sempre eficaz e afrouxa com facilidade. É
necessário conhecê-lo, já que, eventualmente, alguns desses nós podem funcionar
com fitas e sua capacidade de bloqueio depende muito do tipo de fita ou da
corda que se coloca sobre a que atua. Para realizá-lo, primeiro é necessário
dar duas voltas simples (não vai fazer diferença se as cordas empregadas forem
duplas), em seguida é só trançar o resto, alternando a passagem da corda uma sobre
a outra, até completar umas 7 voltas. Pode ser realizado com cordeletes. Esse
nó bloqueia cordas molhadas e de igual diâmetro.
Nó
Valdostano (Penberthy)
Nó
bidirecional que poderá ser feito com uma ponta de uma corda ou com uma alça.
Afrouxa-se com facilidade e é muito prático para manobras de cordas. Deverá ser
confeccionado com, no mínimo, 7 voltas.
Nó
Belunês (nó italiano)
Nó
unidirecional muito interessante já que bloqueia bem cordas de igual diâmetro.
É feito com uma extremidade de corda e com pouca distância. É útil quando o
único meio disponível é a própria corda, podendo ser utilizado também um
cordelete mais grosso.
Sua
confecção é de sentido contrário em voltas, tornando o chicote
e prendendo o cabo principal do nó, como mostram as figuras 718, 719 e 720.
Pode-se fazer mais ou menos voltas, dependendo da capacidade de bloqueio que se
deseja. Esse nó poderá deslizar sobre cordas muito novas ou estáticas.
O
chicote de introdução nas voltas deve ser passado entre o cabo principal e
essas voltas, observando que o chicote deverá ultrapassar 50% das voltas dadas.
Nó
Taut-lani
Nó
unidirecional, autoblocante, empregado para bloquear uma corda à outra de mesma
bitola. A base da sua confecção é o nó volta do fiel, bastando apenas o
acréscimo de uma volta a mais nos dois sentidos da sua execução. Observar que,
na extremidade (chicote), deverá ser confeccionado um nó de arremate.
Nó
de mula
É um
nó de trava básica, que pode ser realizado sobre qualquer sistema de freio ou,
direcionalmente, sobre qualquer mosquetão principalmente quando se emprega o nó
dinâmico como disposto nas figuras abaixo. Pode ser realizado em qualquer
sentido, pois se desbloqueia com facilidade. Deve-se ter atenção, pois ele
poderá desfazer-se acidentalmente. Observar a existência do cote no nó.
Nó
de segurança Lorenzi (volta)
É uma
variante do nó UIAA, visto no sistema anterior, tem a mesma aplicação; sem a
presença de um dos mosquetões poderá ter ação diferente, podendo ser bloqueado
de baixo e deve-se estar atento ao desbloqueio, já que não existe freio algum
por ação sozinho. Na sua aplicação, a vigilância deverá ser redobrada.
Nó
para tensão (recurso improvisado)
Utilizado
para se conseguir tencionar, de forma sensível, uma corda sem emprego de
material auxiliar. Também utilizado para fazer tensão entre as ancoragens,
cordas fixas, tirolesas, etc. É chamado de passabloc (passagem de bloqueio
automático). Sua tensão se desfaz facilmente, simplesmente manipulando-o sem
desfazer nenhum dos nós.
Também
chamado de sistema fechado de bloqueio e tensão.
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