Quedas (orientações básicas) - Quedas ao solo - Maneira correta de cair para evitar danos físicos - Quedas em parede - Uma queda se divide em três fases: deslocamento ou saída, vôo e parada ou aterrizagem
Quedas
(orientações básicas)
Uma
queda, durante uma atividade, é sem, sombra de dúvida, um trauma, não só físico
como também psíquico. Hoje em dia, essa possibilidade está, de certa forma,
banalizada pelos escaladores.
Em
razão dos excelentes equipamentos e materiais atuais que mantêm quase todo o
controle de uma queda, as pessoas esquecem que mesmo as melhores condições de
segurança podem trazer perigo.
A
equipe deverá saber empregar adequadamente e educadamente todos esses
materiais. O mal uso ou o não uso de qualquer material (como o capacete ou uma
cadeirinha) poderá ocasionar graves acidentes.
É
óbvio que quem executa os procedimentos de segurança tem a responsabilidade de
estar sempre atento e deter a queda de um escalador, bem como tentar realizar
uma segurança de forma menos traumática possível.
Quedas
ao solo
Quando
se escalam blocos ou o começo de uma via, o escalador poderá cair diretamente ao
solo. Antes que o primeiro escalador passe sua corda por algum ponto de
segurança. O segurança tem de estar atento para poder fazer uma parada de
emergência (fazer-se de porteiro, como chamamos o segurança no início de uma
escalada) e auxiliar
na amortização da queda. A parada ideal é fazer tomando pela cintura o que cai
e acompanhando-lhe em sua descida (com seu descenso) oferecendo tensão com os
braços e pernas para amortecer o impacto contra o solo. A eficácia de uma
parada depende da altura, sendo de eficácia duvidosa ou relativa quando as mãos
do segurança “porteiro”
não chegam ao escalador. Não se deve parar uma queda agarrando pelas pernas,
pois há o perigo de bater a cabeça ao solo de quem cai.
O
escalador que cai deve tratar de se orientar durante a queda e inclusive
impulsionar-se durante o descenso para aterrizar dentro de uma zona sem
obstáculos. Se durante uma queda não temos a ajuda de um segurança (porteiro),
o impacto deverá ser amortecido com as pernas e, na última fase da aterrizagem,
em caso de uma queda muito forte, impulsionar a bacia para traz para cair
amortecendo com os braços. Quem cai deverá saltar com as pernas meio abertas
para evitar golpear-se com as costas e não fazer um bloqueio respiratório
durante o impacto.
Em
escaladas de paredes, nem sempre é possível empregar segurança
de forma adequada partindo do solo e em escolas de escaladas em situações
consideradas precárias. Muitos começos de rotas estão equipados de forma que
não se deve levar em conta a distância de segurança.
Para
equipar de forma adequada o início de uma rota, em um terreno ideal (paredes
lisas), o primeiro ponto de segurança deverá estar a uns 3 metros do solo e do
primeiro para o segundo a 1,5 m. Os imediatos devem seguir a uma distância de 2
m e depois de acordo com a necessidade. Quem sabe com essas distâncias iniciais
a rota encontrar-se-á com extrema segurança e se elimina qualquer possibilidade
de chegar ao solo em uma queda eventual ao longo do caminho.
Quedas
em parede
As
vias traçadas em paredes são extremamente boas, e, em alta montanha, a queda
torna-se uma eventualidade, pois ela é difícil de se evitar, uma vez que é
iminente e sempre teremos de tornar essa queda a mais controlada possível. A
experiência em queda controlada em vias de escola é de suma importância para
qualquer escalador (é considerada vias de escola aquelas previamente conhecidas
e já equipadas), uma vez que limita qualquer possibilidade de seqüela grave.
Por essa razão, essas escolas são chamadas de “escolas de vôo”. Chamamos de
quedas controladas quando, no momento em que se inicia essa queda, pode-se
preparar a trajetória, portanto, poderá ser feita
uma boa intervenção (aterrizagem).
Uma
queda se divide em três fases: deslocamento ou saída, vôo e parada ou
aterrizagem.
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