PONTOS DE SEGURANÇA - Considerações - Pontos de segurança - Reuniões (pontos de ancoragens) - Triângulo equalizáveis com cordas - Trabalhos na rocha - Reunião - Auto-segurança - Cabos de ancoragem (longe) - Uso de cabo de ancoragem regulável - Segurança em vias ferratas
PONTOS
DE SEGURANÇA
Considerações
- pontos de segurança
Segurar
e assegurar-se diante de uma eventual queda, é a razão pela qual empregamos os
materiais mais sofisticados dentro da atividade de escalada (mosaicos, cobogós,
chaminés ou rochas). Os materiais e equipamentos em atividade nos dão uma
possibilidade excepcional de segurança, porém, como vimos anteriormente, a maneabilidade
correta é fundamental para não incorrer em erros que podem fazer falhar todo o
sistema, tornando-o perigoso. Os pontos de segurança são, portanto, manobras
essenciais para controlar toda a cadeia dinâmica de segurança e fazê-la
operativa, uma vez executada e segura, será fácil de manobrar.
Uma
questão importante será levarmos em conta que para Evitar-mos
erros no transcurso dos asseguramentos (pontos de segurança) são os
conhecimentos e a correta comunicação nas manobras e intenções por parte dos
membros de uma cordada.
Os
sinais de comunicação empregados (gritos, silvos, sinais visuais,
tensões em cordas) devem ser predeterminados de antemão, para evitar confusões,
os quais são de suma importância em situações extremas (vento, longa distância,
escuridão, etc), em que a comunicação é difícil ou até mesmo impossível. Nessas
circunstâncias, o mais prático é estabelecer um código, como, por exemplo, a
base de puxões (tensões) dados na corda, três puxões podem significar para o segundo,
que o companheiro já está seguro (assegurado) na reunião (ancoragem) seguinte;
uma vez recuperada a corda que sobrou, outros três puxões podem significar que
o primeiro já está seguro (autosegurança), portanto, o segundo já poderá
começar a escalar. Evitar, sobretudo, fazer uso de palavras longas e parecidas,
tais como:
“recupera”
e “espera”. Um bom entendimento, evita que algumas escolas e paredes se
convertam em uma “casa de lobos”, onde todos se desgastam sem necessidade, para
fazer-se entender pelo seu companheiro.
Reuniões
(pontos de ancoragens)
A
reunião (pontos para ancoragens) é um ponto chave de onde parte todas as
seguranças, portanto, deverão ser seguros por definição, já que, em última
instância, toda a cadeia de segurança falhar, será uma dessas reuniões
(ancoragens) a responsável por salvar toda situação.
A
qualidade das ancoragens determina a quantidade de pontos a serem
convencionados, salvo em casos excepcionais, em que se empregar, no mínimo,
duas ancoragens, daí poderá ser definido o que é uma reunião.
Dependendo
da disposição e qualidade das ancoragens, adaptaremos uma outra forma de
uni-las por meio de alças se for suficientemente resistente (por meio de fita
costurada), nunca com alças de diâmetros inferiores ao da corda de escalada nem
fitas velhas.
Os
mosquetões empregados nas ancoragens terão de ser, preferencialmente, os de
segurança em função de sua carga de trabalho, e, em casos excepcionais, poderão
ser empregados os normais (N), e, em um dos pontos onde se reúnem as linhas de ancoragem,
um outro mosquetão de segurança. O ponto chamado de ponto central de uma
reunião é o mais importante, já que é onde se prende o escalador que assegura,
sendo também deste que é realizada a segurança do seu companheiro.
Triângulo
equalizáveis com cordas
Outras
possibilidades de montagens sem alças auxiliares (2)
Trabalhos
na rocha
Na
rocha é precisamente onde as reuniões podem adotar maior variedade de
ancoragens, salvo os equipamentos fixos, nós teremos que nos adaptar a uma
morfologia (descrição da forma) e possibilidades de auto-segurança em uma
rocha.
Já
vimos as montagens de reuniões recomendáveis segundo a situação encontrada
mediante um triângulo equalizável fixo e montagens em linha (figura 481).
Não
há dúvidas de que as ancoragens empregadas são unidirecionais (importadoras,
distribuídas, alças em blocos, etc.), existindo a possibilidade de que uma
tração sobre uma reunião poderá deslocar-se ou até mesmo arrancar-se
(soltar-se), por isso é necessária uma ancoragem invertida por baixo de uma
outra reunião para auxiliar as ancoragens principais.
Os
piolets (figura 483) podem reforçar uma reunião quando conectados
no triângulo ou formando, por sua vez, outro ponto entre eles. Uma boa idéia
para não carregar uma reunião é colocar ancoragens extras e auto-seguras no
triângulo, do que permanecer atado por improvisação de uma ferramenta
implantada por cima de uma reunião. (figura 483)
Reunião: é a
formação dos sistemas de ancoragens empregadas dentro de uma operação.
Auto-segurança
Atar-se
(prender-se, conectar-se, clipar-se) de forma adequada a uma ancoragem que
montamos é a primeira norma de segurança, caso o nosso companheiro deixe de nos
assegurar diante de uma eventualidade. A forma mais conveniente de atar-se é
empregando o nó oito no ponto central, observando que, em caso de necessidade, será
difícil regulá-lo a uma distância mais adequada. Nesse caso, podemos
usar o nó volta do fiel (balestrinque).
O
escalador que permanece na ancoragem inferior não poderá soltar sua
auto-segurança enquanto o seu companheiro de cima não tenha confirmado a sua
chegada na ancoragem seguinte (reunião), enquanto o auto-segurado se encontre
segurando, por sua vez, a corda já recuperada.
Quando
tivermos de soltar uma corda para fazer uma descida ou por qualquer outra
circunstância, devemos auto-assegurarmos com as cordas de ancoragem (longes) e
permanecermos sempre acoplados a uma ancoragem principal, e, quando não existir
essa possibilidade, deve-se utilizar, pelo menos, dois pontos reservas.
Auto-segurança
na rocha: normalmente bastará atar-se com o nó oito com um mosquetão de
segurança em um ponto central da ancoragem, portanto, se necessitarmos regular
nossa distância de auto-segurança, uma solução prática pode ser atar-nos logo
com um nó oito entre os meios com um nó volta do fiel (balestrinque) para regulá-lo
em uma posição mais cômoda. Se levarmos duas cordas, podemos assegurar-nos com
o nó oito em uma e com o nó volta do fiel em outra (figura 482).
Cabos
de ancoragem (longe)
Quando
precisamos de uma corda, para auto assegurar-nos, necessitamos estar atados
(ancorados) por outros meios auxiliares, (cabos de ancoragem).
Esses
elementos podem variar em função da nossa atividade, desde uma simples fita
expressa até o emprego de um cabo especial
com dissipadores (empates ou alças).
Um
caso freqüente, em vias curtas e equipadas, é dispormos apenas de algumas fitas
expressas pequenas; asseguramos-nos com duas alças e com mosquetões grampeados,
esse procedimento torna mais seguro que empregar simplesmente a fita. (figura
484)
Se
formos precavidos vamos dispor de fitas equipadas com um mosquetão de segurança
em cada extremo. Nunca deveremos dispor apenas de uma fita
expressa normal, já que um mosquetão ligeiro (sem trava) poderá se romper com
mais facilidade do que possamos imaginar; confiarmos a vida em um só mosquetão
ligeiro é uma absurda e triste ignorância.
Em
escaladas de paredes e alpinismo é normal transportar fitas maiores para que
sejam colocadas atadas na cadeirinha mediante o nó de pata de gato (alondra)
para eliminarmos mosquetões.
Para
maior comodidade, pode-se adquirir ou confeccionar um cabo de ancoragem
regulável em distância, algo bastante prático para qualquer tipo de atividade.
Observação:
devido a sua curta distância, qualquer fita ou cordelete deve ser
considerada estática, pois a capacidade de absorção de energia por esses
materiais é mínima. A forma de utilização da corda em uma cadeirinha como
sistema de autosegurança representa um grande problema, pois uma queda, em
nível de fator 2, seria crítica a resistência de qualquer elemento utilizado na
auto-segurança.
Por
esse motivo, as cordas de ancoragem devem ser dinâmicas e, quando não forem,
temos de estar conscientes desses problemas e não subir, jamais, a cima de um
outro ponto de auto-segurança, para não provocar uma situação constrangedora.
Existem
dois sistemas de cordas de ancoragens dinâmicas, uma a base de costuras que se
soltam ao receber um forte choque; e a outra
com dissipadores (placas de absorção).
Segurança
em “vias ferratas”
Itinerários
equipados com passamão, escaladas, etc.
Nesses
tipos de itinerários (pouco habitual em nosso País) existe a possibilidade de
que uma queda supere inclusive o nível de fator 2, já que se pode cair ao longo
de vários metros, em um passa mão, por exemplo (figura 487), sabendo, portanto,
que a distância do cabo de ancoragem sempre será a mesma.
Os
cabos de ancoragem que amortecem os choques com boas costuras (como a
“energia”) tornam-se excelentes para quedas de fator 2, deixam de ser
eficientes diante de um fator mais alto.
Nesse
caso, é imprescindível a utilização de cabos de ancoragem especial com
plaquetas dissipadoras placas de absorção (figura 488); se não empregá-lo a
possibilidade de ruptura dos pontos ou graves danos aos usuários (inclusive a
morte) serão evidentes. Esses cabos para ancoragens são fabricados
especialmente para esse tipo de atividade. Existem cordeletes especiais, placas
de absorção (dissipadoras) e mosquetões muito resistentes para fazê-las mais
seguras em situações críticas; é aconselhável adquirir esses cabos já
confeccionados pelo fabricante, e não adquirir as peças soltas para montá-las,
pois o seu rendimento poderá diminuir.
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