Recomendações gerais de utilização ( emprego correto e incorreto de usar os mosquetões ) - Modelos dos mosquetões (mosquetão tipo B com gatilho reto - mosquetão tipo B com gatilho curvo - mosquetão tipo H com trava de rosca - mosquetão tipo H com trava automática - mosquetão tipo K para via ferrata - mosquetão tipo “D” mosquetões direcionais - mosquetão tipo “X” oval - Manutenção dos mosquetões (verificar, substituir e relembrar, limpar, evitar, lubrificar, aviso, duração) - Mosquetões e fitas expressas - A corda pode golpear o gatilho e soltar o mosquetão - O gatilho do mosquetão deve ficar do lado oposto ao sentido que se quer ir - Evitar que a corda provoque vibrações e abra o mosquetão - Atenção na segurança com uso de mais de um mosquetão
Recomendações
gerais de utilização
Aqui
expomos informações necessárias para a correta utilização dos conectores
(mosquetões) nas atividades de alpinismo, espeleologia e escalada. Uma
utilização incorreta ou um movimento inadequado podem provocar graves
acidentes. O emprego desses conectores deve ser restrito a pessoas experientes
ou com uma adequada preparação das técnicas e medidas de segurança.
Os
casos de má utilização são numerosos e poucos são os que observam essas
especificações.
Só
devem ser empregados nas formas indicadas como “corretas”.
Todas
as demais formas de utilização devem ser consideradas “proibidas”. Verificar
que a totalidade dos conectores é composta de produtos aptos para a utilização
nas atividades de alpinismo, espeleologia e escaladas, que são compatíveis
entre eles e em conformidade com as leis, normas e diretrizes relacionadas. O
usuário é responsável pelos riscos a que se expõe. Tanto os fabricantes como os
distribuidores não se responsabilizam pela utilização incorreta desses
equipamentos.
Modelos
dos mosquetões
1 –
Tipo “B” com gatilho reto.
Mosquetões de uso geral, de tamanhos
e formas diversas, destinados a diferentes modalidades para alpinismo,
espeleologia e escaladas.
Os
modelos com travas de rosca completam a maior parte da utilização.
2 –
Tipo “B” com gatilho curvo.
Especial para escaladas livres. A forma de gatilho
facilita a clipagem na corda. É classificado como mosquetão ligeiro.
3 –
Tipo “H” com cierre (trava) de rosca.
Esse
tipo de mosquetão é indispensável dentro das operações de segurança, pontos de
ancoragem, operações de resgate, operações descendentes com o nó UIAA (mezzo
barcaiolo) e para remontar sobre cordas estáticas (fixas).
É
classificado como mosquetão de segurança.
4 –
Tipo “H” com cierre (trava) automática.
Não é
necessária ação nenhuma para o bloqueio do gatilho. Esse tipo de mosquetão
garantirá uma segurança máxima. Credenciado para auto-segurança em operações de
resgate, representa a alternativa ideal para as travas de “roscas clássicas”.
É
classificado como mosquetão de segurança.
A
utilização correta é mostrada nas ilustrações 1, 4, e 5. As figuras
2 e 3 ilustram o uso incorreto, que devem ser evitados.
5 –
Tipo “K” especial para via ferrata.
Este
tipo de mosquetão está direcionado para obter uma trava automática e, ao mesmo
tempo, uma ótima abertura de modo que facilite o mosquetão a se encaixar em
peças metálicas. Em alguns casos, sempre devem ser usadas cintas bloqueadoras
de cordas (cabos).
É
classificado como mosquetão normal ou polivalente.
6 –
Tipo “D” mosquetões direcionais.
Esses
mosquetões sempre oferecem uma combinação com cintas
express (fitas). Existe uma fixação especial que evita uma perigosa tensão
lateral do mosquetão.
É
classificado como mosquetão ligeiro.
7 –
Tipo “X” oval.
Mosquetão para cordas (cabos) fixas, em principal,
espeleologia. Atenção: não utilizar esse mosquetão para escaladas. Apesar de
seu formato, é classificado como mosquetão ligeiro.
Especificação
dos mosquetões
Marcação:
A
marcação indica: CE, ano de fabricação, n.º do instituto de homologação, nome
do fabricante e vendedor, n.º de série de produção, resistência e tipo de
mosquetão (ilustração 8). Os dados normalmente são gravados nos mosquetões de
diferentes formas, dependerá do tamanho e formato. Os valores da resistência
indicados são os mínimos garantidos pelos fabricantes.
Observe,
nas figuras, os procedimentos técnicos corretos de emprego e as precauções
necessárias.
Formas
de emprego
A
corda deve ser introduzida corretamente nos mosquetões, de outra forma, poderá
desencaixar-se em caso de quedas, conforme demonstrado na ilustração 6.
O
risco aumenta com a utilização de mosquetões com gatilhos curvos (ilustração
7). Assegurar que o gatilho não encontre obstáculos e que não seja pressionado
contra rochas ou paredes (ilustração 9). A abertura acidental do gatilho
(choque contra parede, obstáculos, rápido deslizante na corda, vibrações, etc.)
reduz em grande parte a sua resistência.
Observação:
o emprego incorreto reduz a resistência e a vida útil dos mosquetões.
Manutenção
dos mosquetões
Verificar:
sempre antes de utilizá-los que eles funcionem corretamente.
Substituir:
sempre que o mosquetão sofrer uma queda muito forte, ou quando os
danos sofridos não forem visíveis. A resistência inicial do mosquetão poderá
ter sido reduzida seriamente.
Relembrar:
que os mosquetões que apresentarem significativos desgastes e
corrosões deverão ser substituídos, principalmente, se suas travas de abertura
estiverem impedidas de abrir ou fechar.
Limpar:
os mosquetões com água e secá-los com um pano abrasivo
e lubrificá-los com uma gota de azeite. (a maior recomendação para limpeza e
lubrificação é a utilização do pó de grafite).
Evitar:
contato com toda substância abrasiva e forte calor. Cuidado
com a utilização de cordas, cujo atrito é centralizado em um determinado ponto.
Cordas sujas são prejudiciais.
Lubrificar:
as peças móveis dos mosquetões, quando necessário, com o produto específico
à base de silicone. Se o mosquetão entrar em contato com água salgada, lavá-lo
e lubrificá-lo com azeite.
Aviso:
a segurança que a fita (cinta) expressa deverá apresentar está na sua
conexão correta, utilizando, unicamente, fitas de resistência jamais inferior a
22KN e de, no máximo, 21 mm de gancho (ilustração 11).
Duração:
um mosquetão poderá durar vários anos, se utilizado esporadicamente,
porém, não sé é possível determinar sua validade ou tempo específico.
Para
sua segurança, um mosquetão usado com regularidade deverá ser trocado a cada 3
anos pelo menos.
Mosquetões
e fitas expressas
1)
Para facilitar a segurança e o deslizamento da corda nas ancoragens
intermediárias, usam-se mosquetões unidos por fitas longas formando as “fitas
expressas”. Os mosquetões destinados à passagem da corda podem ter gatilho
curvo, o que facilita a passagem da corda, porém nunca os coloque em ancoragens
principais.
2) A
corda sempre deverá passar de dentro para fora (junto da parede para fora
dela).
No
caso de passar a corda de fora para dentro, existem dois perigos:
- o
movimento da corda, em um transcurso curto ou longo, pode fazer a fita girar e
ocorrer a saída do mosquetão ou este da chapa;
- um
desvio da corda, em uma queda, poderá golpear o gatilho e provocar a saída
dela.
Veja
as figuras abaixo:
3 –
Nas travessias em diagonal, o gatilho do mosquetão deverá ficar do lado oposto
à direção a seguir pelo escalador, se não for assim, existe igual risco de a
corda se chocar contra o gatilho do mosquetão.
4 – A
máxima resistência de um mosquetão se obtém quando sua trava (gatilho) está
completamente cerrada. Na detenção de uma queda, o gatilho poderá se abrir
total ou parcialmente, justamente no momento
máximo da carga por diversos fatores:
-
choque violento do mosquetão contra uma rocha;
- que
a própria rocha empurre a trava;
- que
a corda, ao deslizar-se rapidamente, provoque vibrações e o abra.
São
situações difíceis de prever, porém a utilização de fitas longas
adequadas e com mosquetões de grande resistência nos oferecem uma melhor
segurança. Diante de dúvidas, utilizar mosquetões com travas de segurança e
duplicar os mosquetões que passa a corda ou trabalhar com fitas paralelas,
principalmente nas seguranças críticas.
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