quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Extintores - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Quadro Eficiência de Agentes Extintores (água, pó bc, pó abc, co2, halogenados, espuma mecânica) - Fogo classe A - Fogo classe B - Utilização de Extintores portáteis


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Extintores
Recomenda-se que todo Estabelecimento Assistencial de Saúde possua um sistema de proteção por extintores portáteis, projetado e mantido em conformidade com o disposto na ABNT NBR 12.693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
Conforme visto no Capítulo V, dividem-se os incêndios em função do material em combustão em “classes” distintas, representadas por letras e símbolos padronizados. Para cada “classe” de fogo existe um agente extintor (Água, bicarbonato de sódio, espuma mecânica, fosfato monoamônico, gás carbônico, gases halogenados, etc.), mais adequado, ou seja, apresentando maior ou menor eficiência no combate dessa.
Os extintores portáteis para combate a incêndios são especificados em função do agente extintor empregado (e respectiva “classe” de fogo) e de sua capacidade extintora, ou seja, o tamanho do fogo (padronizado) que consegue combater.


Recomenda-se que seja instalado pelo menos um extintor de incêndio a não mais de 5,00 m da entrada principal da edificação, bem como a não mais de 5,00 m das portas corta-fogo das escadas de emergência nos demais pavimentos (CBPMESP, 2011).
Sugere-se também que cada pavimento do EAS possua, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio “classe” A e outra para incêndio “classes” B e C ou, ainda, podem também ser instaladas duas unidades extintoras iguais com agente extintor triclasse (ABC) (CBPMESP, 2011).
Os extintores de incêndio devem ser adequados à “classe” de incêndio predominante dentro da área de risco a ser protegida, de forma que sejam intercalados na proporção de dois extintores para o risco de incêndio predominante e um para a proteção do risco secundário (CBPMESP, 2011).
Recomenda-se a adoção de extintores triclasse (ABC), facilitando o treinamento da brigada de incêndio, uma vez que um único extintor pode ser utilizado nas diversas “classes” de incêndio, conforme verificado no Quadro 5. Não há necessidade de se escolher o extintor mais adequado à “classe” de fogo e nem o risco de utilizar-se o agente extintor errado, o que pode vir a colocar o operador em risco.
Observar que para o risco de incêndio verificado nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, ou seja, risco médio, os extintores portáteis devem ser distribuídos de forma que o operador não percorra mais que 20,00 m para alcançá-los.
Considerando a predominância feminina na população fixa em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, recomenda-se fortemente a utilização de extintores portáteis de alta eficiência, ou seja, extintores de alto poder de extinção e com baixo peso. Extintores portáteis pesando mais que 10 kg são de difícil manuseio e limitam em muito as ações de combate, assim, sugere-se o emprego de extintores com capacidade extintora 2-A: 20-B:C ou superior, com peso aproximado de 6 kg ou ainda 3-A: 40-B:C, com peso aproximado de 8 kg.
Recomenda-se que em áreas destinadas a equipamentos eletrônicos mais sensíveis, seja considerada a utilização de extintores portáteis com agentes extintores não condutores de eletricidade e que preferencialmente não deixem resíduos após a descarga ou ainda que não danifiquem os circuitos desses equipamentos por reação química ou choque térmico.
Os extintores portáteis juntos à área de ressonância magnética devem ser específicos, ou seja, todos os seus componentes devem ser confeccionados em materiais não magnetizáveis (ex.: alumínio).
A especificação de extintores em áreas com pé-direito elevado (acima de 4,00 m) deve considerar a necessidade de equipamentos com pressão diferenciada, para que o alcance do jato seja capaz de combater com eficiência incêndios junto ao forro/teto. Sugere-se a utilização de extintores portáteis com pressão igual ou superior a 1,4 Mpa ou ainda extintores sobre rodas (carretas).
A instalação de extintores em corredores não deve reduzir a largura mínima necessária para circulação normal ou para circulação em emergência. Recomenda-se que a implementação de extintores portáteis seja realizada em nichos, embutidos nas paredes. Quando assim instalados, além da necessária sinalização em conformidade com a Norma Técnica, deve ser previsto um visor que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo.
Já quando os extintores portáteis forem instalados em paredes, de forma aparente, deve ser implementada sinalização tátil adequada junto à projeção desses no piso, alertando eventuais deficientes visuais quanto à existência do obstáculo, em conformidade com o disposto na ABNT NBR 9.050.
Ressalta-se que acima de cada unidade extintora é necessária a implementação de sinalização fotoluminescente adequada que identifique facilmente o agente extintor disponível e a “classe” de fogo recomendada para seu uso, bem como as restrições de utilização.
O emprego de extintores portáteis com garantia estendida e baixa manutenção proporciona alta disponibilidade dos equipamentos, reduz a necessidade de controles frequentes e facilita as inspeções de validade.
Sugere-se a implementação de um “Plano de Manutenção” formal com vistorias periódicas, adequadamente documentadas, realizando, através de uma rotina de rondas semanais, a verificação da alocação adequada dos extintores em suas posições originais de projeto, se o acesso a esses encontra-se desobstruído, se os mesmos estão em condições normais de operação e devidamente sinalizados.
Já através de rotinas mensais, deve-se verificar se os extintores portáteis encontram-se lacrados, com pressão de trabalho adequada (na faixa verde), dentro da validade, com o selo de conformidade concedido por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). Anualmente, deve ser realizada a inspeção técnica de todos os extintores portáteis do EAS.
A qualquer tempo, caso necessário, devem ser tomadas as medidas corretivas apropriadas, junto a fornecedores devidamente autorizados/credenciados pelo fabricante dos equipamentos.

Quando da realização de manutenção preventiva, corretiva ou ainda após o uso, não devem ser retirados todos os extintores de uma mesma área de risco ou pavimento. Sugere-se que sejam utilizados extintores sobressalentes (reservas ou emprestados) ou ainda, que sejam selecionados os equipamentos, de forma a garantir que todas as áreas e pavimentos permaneçam parcialmente protegidos.

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