Sistema de Detecção de Incêndio - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - detecção de fumaça e/ou elevação de temperatura - supervisão de acionadores manuais de incêndio - sinalização audiovisual de situações de alarme - supervisão do sistema de combate por hidrantes (se existente) - supervisão e comando do sistema de combate por chuveiros automáticos (se existente) - comando de door-holders e fechaduras eletromagnéticas de portas corta-fogo - comando de desligamento do sistema de condicionamento de ar - comando do sistema de pressurização de escadas (se existente) - comando do sistema de controle de fumaça (se existente) - comando de registros corta-fogo (dampers) - disparo de agentes extintores para supressão de incêndio (se existentes)
Sistema de Detecção
de Incêndio
Resta evidentemente que a detecção precoce de um
“princípio” de incêndio e o adequado alarme para o início de combate e eventual
abandono da edificação atingida agilizam as medidas de contenção e maximiza as
condições de fuga segura dos usuários e visitantes, minimizando todo
tipo de prejuízos humano e/ou material.
De maneira análoga, pode-se verificar que o impacto na
habitabilidade ou nas diversas funcionalidades da edificação e, por
conseguinte, nos negócios desenvolvidos nessas, é sensivelmente menor,
maximizando a continuidade das operações fundamentais dos Estabelecimentos
Assistenciais de Saúde.
O sistema de detecção de incêndio é um sistema de
processamento centralizado, contemplando um conjunto de dispositivos de
inicialização automática de alarme de incêndio, distribuídos no Estabelecimento
Assistencial de Saúde, adequadamente interligados entre si e a um Painel
Central de Alarme de Incêndio (equipamento de Controle e Indicação,
microprocessado, “stand- alone”, devidamente certificado para esse fim. Vide
informações complementares no Item 7 do Capítulo VII desse documento), por
linhas de comunicação apropriadas (circuitos de detecção).
Esse Painel Central de Alarme de Incêndio também integra
os dispositivos de manuais de alarme de incêndio (acionadores) e assim, por sua
vez, estará interligado através de outro tipo de linhas de comunicação
(circuitos de comando) a avisadores audiovisuais dispostos estrategicamente na
edificação, bem como a outros equipamentos a serem comandados. O sistema de
detecção e alarme de incêndio é normalmente responsável pelas seguintes
tarefas:
• detecção de fumaça e/ou elevação de temperatura;
• supervisão de acionadores manuais de incêndio;
• sinalização audiovisual de situações de alarme;
• supervisão do sistema de combate por hidrantes (se
existente);
• supervisão e comando do sistema de combate por chuveiros
automáticos (se existente);
• comando de door-holders e fechaduras eletromagnéticas de
portas corta-fogo;
• comando de desligamento do sistema de condicionamento de
ar;
• comando do sistema de pressurização de escadas (se
existente);
• comando do sistema de controle de fumaça (se existente);
• comando de registros corta-fogo (dampers);
• disparo de agentes extintores para supressão de incêndio
(se existentes).
Os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo
“convencional” apresentam os eventos e/ou alarmes por áreas (zonas) dentro da
edificação, ou seja, não existe a localização precisa do ambiente de origem e
sim de uma área protegida por diversos detectores. Normalmente as zonas de
alarme são atribuídas a andares e/ou compartimentos inteiros. Esses sistemas
convencionais são mais econômicos e assim, aplicados em EAS de menor porte.
Já os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo
“endereçável” apresentam os eventos e/ou alarmes com a localização precisa do
ambiente de origem, ou seja, tem-se a localização específica dentro da área,
como um quarto em um determinado pavimento. Os sistemas endereçáveis são
recomendados para aplicações em EAS de grande porte.
Recomenda-se a preferência pela instalação de
sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo analógico endereçável,
indicando com precisão, a presença de fumaça ou de altas temperaturas em áreas
específicas sensoriadas através de detectores automáticos localizados nessas
áreas.
Existem diversos tipos de tecnologia de detecção
automática de incêndio: detectores de temperatura (fixa), detectores de
gradiente de temperatura (variação no tempo), detectores de fumaça e detectores
de chama. A seleção do tipo de detecção a ser utilizada e da tecnologia
empregada, bem como a melhor localização para instalação dos detectores
automáticos deve ser fundamentalmente efetuada, com base nas características da
carga incêndio da área a ser protegida, levando também em consideração as
condicionantes de instalação.
A área de cobertura (ou área de atuação) de cada tipo de
detector é dada em função de diversos fatores característicos do ambiente a ser
supervisionado, como: forma do piso ou teto, temperatura, umidade, velocidade
do ar, volume de ar trocado nesse ambiente e mais.
Assim sendo, a área de cobertura de cada detector em caso
de mudança de leiaute de arquitetura e/ou readequação do sistema de
climatização deve ser adequadamente redimensionada respeitando imposições
normativas, as características técnicas de funcionamento determinadas pelos
fabricantes, tomando por base as características microclimáticas da área a ser
monitorada, com atenção especial à velocidade, movimentação de ar e trocas de
ar/hora determinadas pelo sistema de condicionamento de ar que atua na
respectiva área.
O projeto deve ainda considerar que os detectores de
fumaça deverão manter afastamento mínimo de 1,00 metro de distância
de difusores de ar-condicionado, conforme prescrito na ABNT NBR 17.240,
objetivando minimizar o tempo de resposta no caso de sinistro e resguardar a
eficiência em situações de severa movimentação de ar.
De maneira análoga, ressalta-se que a localização de
detectores de fumaça deve considerar o afastamento mínimo de 0,40 m (quarenta
centímetros) de luminárias, minimizando a possibilidade de interferências eletromagnéticas
provocadas pelos reatores de lâmpadas fluorescentes ou de descarga.
Devem ser adotados cuidados especiais na implementação de
detecção de fumaça em ambientes com grande movimentação de ar, especialmente em
salas cirúrgicas ou salas de exames invasivos com fluxo laminar. Além do(s)
detector(es) pontual(is) no ambiente, recomenda-se que sejam instalados
detectores de fumaça nos dutos de retorno do sistema de condicionamento de ar.
Recomenda-se implementar integração entre o sistema de detecção
e alarme de incêndio e o eventual sistema de controle de acessos do
Estabelecimento Assistencial de Saúde, no sentido de propiciar a liberação
automática de todas as portas controladas da edificação em caso de sinistro,
possibilitando tanto a rápida evasão dos ocupantes como a entrada das equipes
de intervenção, não comprometendo assim as condições de segurança dos
ocupantes.
Sugere-se também implementar integração entre o sistema de
detecção e alarme de incêndio e o eventual sistema de automação e supervisão
predial do EAS, viabilizando o comando automático de desligamento dos
condicionadores de ar distribuídos na edificação quando de um alarme de
incêndio, contribuindo para minimizar a velocidade de crescimento e propagação
de eventual sinistro.
O sistema de detecção e alarme de incêndio pode também ser
utilizado para acionar diretamente os membros da Brigada de Incêndio do
Estabelecimento Assistencial de Saúde através de integração com um sistema de
telefonia digital, minimizando o tempo de resposta em situações de emergência.
Se o primeiro sinal de alarme por detecção de fumaça não
for reconhecido manualmente no painel central de alarme de incêndio em até 120
segundos, o Painel Central de Alarme de Incêndio deve “presumir” que o sistema
encontra-se erroneamente desassistido e, assim, proceder automaticamente ao
alarme geral para abandono.
Sugere-se o desenvolvimento de um “Plano de Manutenção”
para esse sistema de detecção e alarme de incêndio, verificando semestralmente
e documentando as condições normais de operação de todos os dispositivos de
inicialização de alarme, bem como o funcionamento adequado dos avisadores
audiovisuais e da Central de Detecção e Alarme, realizando teste completo de
acionamento real desse sistema.
Novamente cabe lembrar que é de todo conveniente, que o teste de acionamento real do sistema de detecção e alarme de incêndio seja precedido de uma eficiente campanha de comunicação interna e externa.
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