Plano de Contingência - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Cartão do método S.T.A.R.T. - Nível de prioridade - Cuidados a serem tomados - Identificação - Símbolo de representação
Plano de
Contingência
Novamente como parte importante dos processos de
acreditação dos serviços de saúde, deve ser elaborado um Plano de Contingência,
que tem por objetivo descrever as medidas a serem adotadas pelos colaboradores
do Estabelecimento Assistencial de Saúde (e terceiros) para lidar com
diferentes cenários de risco de catástrofes internas ou externas ao EAS,
estabelecendo os procedimentos padronizados para adequada resposta, com ações
de alerta, identificação da contingência, comunicação (interna e externa),
contenção da situação, e continuidade dos processos vitais ao funcionamento do
EAS dentro da normalidade ou de um estado minimamente aceitável para a
continuidade de seus objetivos, com a menor interrupção possível, reduzindo
fatalidades, danos e prejuízos.
Sugere-se que esse Plano seja elaborado considerando os
parâmetros mínimos estabelecidos na ABNT NBR 22.301 (Segurança da sociedade –
Sistema de gestão de continuidade de negócios), em função dos cenários de risco
particular de catástrofes de cada EAS, estabelecendo a melhor utilização dos
recursos materiais e humanos disponíveis.
A redação do Plano de Contingência também deve ser
simples, estruturada e completa, reunindo em um único documento, todas as
informações sobre os recursos e meios, as atribuições dos envolvidos, os
procedimentos de comunicação (com os contatos internos), os recursos externos
de apoio (com localização e respectivos contatos), bem como todas as
informações necessárias para realização dos procedimentos e/ou ações para
contenção e continuidade das operações vitais do EAS, permitindo o seu
acompanhamento de forma lógica.
O documento deve ser desenvolvido envolvendo
representantes de todas as áreas internas do Estabelecimento Assistencial de
Saúde e deve ser coordenado com os demais recursos de atenção à saúde no
entorno e com os diversos parceiros ou autoridades envolvidos.
O Plano de Contingência deve ser constantemente revisado,
continuamente atualizado e testado através de simulados periódicos. Recomenda-se
que os treinamentos internos sejam realizados semestralmente e que anualmente,
haja treinamento envolvendo os demais parceiros externos, simulando os diversos
cenários contemplados.
Sugere-se o estudo de viabilidade de implementação de uma
área de contingência destinada a abrigar parte das operações do Estabelecimento
Assistencial de Saúde quando necessário. Pode ser prevista uma infraestrutura
básica de instalações elétricas, hidro-sanitárias e de gases medicinais para
uso em contingência em edificações externas como depósitos, quadras
poliesportivas, estacionamentos e outras para a rápida estrutura de um
“hospital de campanha”.
Recomenda-se considerar a utilização de
ferramentas específicas de software para Gestão de Crise e Continuidade de
Negócios.
Recomenda-se a adoção do método S.T.A.R.T. (Simples
triagem e rápido tratamento - Simple Triage And Rapid Treatment), como padrão
para triagem de vítimas, em razão da simplicidade e da larga utilização por
equipes de resposta do SAMU. O S.T.A.R.T. é um método eficaz e eficiente, que
baseia-se na
avaliação da respiração, perfusão e nível de consciência,
utilizando um cartão específico (adotado internacionalmente pela ICAO) na qual
constará, em sua parte mais inferior, a cor correspondente à gravidade da
vítima.
Todas as vítimas deverão ser classificadas segundo a sua
gravidade. Essa triagem é o primeiro procedimento realizado no atendimento à
emergência. As vítimas serão classificadas em:
Destaca-se que o material de contingência não deve estar
armazenado no interior da edificação. As tarjetas devem estar disponíveis junto
a esse material e deverão ter todos os campos preenchidos.
Após elaboração do Plano de Contingência e aprovação pela
alta administração do Estabelecimento Assistencial de Saúde, recomenda-se que o
plano seja divulgado internamente para os colaboradores responsáveis pela
coordenação e execução do plano em cada departamento, para que tenham
conhecimento do conteúdo, de suas atribuições, das ações e procedimentos
necessários em caso de acionamento.
Cópia do Plano de Contingência deve estar disponível no Gabinete de Crise, bem como de posse dos principais coordenadores e/ou responsáveis, uma vez que esses podem ser acionados a qualquer tempo, mesmo quando fora do EAS.
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