quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio - Compartimentação Horizontal e Vertical - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Compartimentação horizontal e vertical - Principais áreas de origem de incêndios estruturais em EAS nos EUA - Incêndios estruturais em EAS por área de origem - Principais causas de incêndios estruturais em EAS nos EUA - Compartimentação sugerida - Compartimentação de áreas (apartamentos de internação) - Área máxima de compartimentação dos AES em função da altura -m Eixo de compartimentação - Marcação de compartimentação - Penetrações - Propriedades das barreiras corta-fogo e fumaça - Aplicação de selagens corta-fogo e fumaça


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Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio
Compartimentação Horizontal e Vertical
Em segurança contra incêndio, “compartimentação” é a divisão de uma edificação em setores de incêndio, ou seja, em volumes construtivos separados horizontal e verticalmente do restante da edificação através de barreiras corta-fogo e fumaça, ou seja, paredes, portas, janelas e outros elementos corta-fogo (conforme 4.1 da ITCB 09/2011, elemento corta-fogo é aquele que apresenta, por um período determinado de tempo, as seguintes propriedades: integridade mecânica a impactos (resistência); impede a passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede a passagem de caloria (isolamento térmico), apresentando um determinado tempo de resistência ao fogo.
A falta de barreiras corta-fogo e fumaça eficientes numa edificação, ou seja, a falta de adequada implementação de compartimentação, possibilita a movimentação horizontal e/ou vertical do fogo e de seus efeitos (fumaça, gases combustíveis e gases tóxicos), aumentando em muito a velocidade de propagação de qualquer “princípio” de incêndio e os prejuízos decorrentes desse, bem como a movimentação dos efeitos diretos e indiretos do fogo, dificultando a evasão e potencializando o número de vítimas.
A compartimentação horizontal tem por objetivo impedir a propagação de incêndio do compartimento de origem para outros compartimentos adjacentes, no plano horizontal. Já a compartimentação vertical destina-se a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre compartimentos em pavimentos consecutivos.
Todo Estabelecimento Assistencial de Saúde deve ser projetado, construído, operado e mantido de forma a minimizar a possibilidade de um incêndio que requeira a evacuação dos ocupantes, especialmente no sentido vertical (Coté, et al., 2009).
Assim, compartimentos seguros contra as ações do fogo e da fumaça devem ser implementados no interior dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde provendo a possibilidade de deslocamento horizontal (principalmente de pacientes) num mesmo pavimento.
Em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde classificados como H-III, H-IV, H-V e H-VI conforme Tabela 2 – Classificação dos EAS quanto à altura é recomendável a implantação de áreas de refúgio (com área mínima equivalente a 30% da área do pavimento), em todos os pavimentos.
A implementação de compartimentação no pavimento dividindo-o em, no mínimo, dois compartimentos distintos, será aceita como área de refúgio considerando que cada compartimento tenha acesso direto a pelo menos uma saída de emergência (escada e/ou rampa). Portanto, a opção por compartimentação ou pela demarcação de áreas de refúgio deve ocorrer juntamente com a localização das escadas e rampas, considerando o leiaute do pavimento. Assim, ainda na fase de definição do partido arquitetônico, cabe resolver as diversas questões ligadas à compartimentação da edificação, para que as compatibilizações necessárias entre as complexas infraestruturas de instalações sejam mais facilmente resolvidas, possibilitando que as interfaces dos diversos sistemas (ex.: sistema de condicionamento de ar, instalações elétricas, etc.) sejam corretamente solucionadas ainda na fase de concepção.
A implementação de compartimentação corta-fogo e fumaça numa edificação existente é técnico-economicamente viável, embora mais trabalhosa. Existem diversas alternativas e soluções técnicas acessíveis, como placas de gesso acartonado, tintas especiais, etc.
O projeto de compartimentação deve considerar como premissa fundamental, que cada compartimento contra incêndio deve apresentar, no mínimo, duas saídas distintas, independentes e preferencialmente localizadas em lados opostos, sendo uma, obrigatoriamente, uma rampa ou escada de emergência. Já a segunda saída deve preferencialmente ser a passagem para um compartimento horizontal adjacente ou ainda uma segunda escada de emergência.
O estudo das ocorrências de incêndios em EAS é de fundamental importância, pois fornece dados reais e estatísticas para definição do risco e assim, melhor embasa os critérios de prevenção, permitindo uma definição assertiva de aplicação de recursos na implementação das medidas de segurança contra incêndio, onde e como serão adotadas e, em especial, quais áreas apresentam riscos a serem compartimentados.
Mesmo assim, segundo os dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (dados divulgados pela SENASP em 2013, ref. à Tabela 44 da Pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública, relativa a dados obtidos em 2011, sem computar as informações dos Estados do Amazonas, Maranhão e Pará), citados no início desse documento, no ano de 2011 somente cerca de 0,20% dos incêndios foram investigados pelos Corpos de Bombeiros Militares do País.
Embora exista a coleta de dados embasando estatísticas locais pelos bombeiros militares, os dados representam um retrato ínfimo da realidade brasileira, infelizmente tornando necessária a utilização de números internacionais nas tratativas do risco de incêndio no Brasil, provocando algumas distorções.
Conforme o gráfico apresentado a seguir, percebe-se que as estatísticas norte-americanas apontam que a origem de incêndios em EAS é muito mais freqüente em cozinhas ou áreas de cocção, seguida de grande quantidade de ocorrências em lavanderias ou áreas técnicas análogas e depois, em quartos ou áreas de internação de pacientes.
 Considerando apenas as informações apresentadas no Gráfico 1 isoladamente, verifica-se a necessidade de concentração dos recursos de proteção na cozinha e áreas de cocção, pois as demais áreas apresentadas representam um percentual substancialmente menor.
Para uma melhor definição das áreas que requerem soluções de compartimentação, devem ser consideradas também as consequências quanto ao número de vítimas provocadas nos sinistros, assim como os danos materiais diretos à edificação, conforme ilustra o quadro a seguir:


 Acontece que o impacto financeiro da consolidação do risco de incêndio na cozinha é tão relevante quanto o impacto causado por incêndios na área de lavanderia. Por outro lado, mesmo considerando uma incidência menor de sinistros nos quartos ou internação, tem-se nessa área o maior impacto em termos humanos, com o maior número de vítimas dos incêndios.
Pelo Quadro 7 – Principais Causas de Incêndios Estruturais em EAS nos EUA, verifica-se que os equipamentos de cocção são apontados como fonte de ignição de três em cada cinco incêndios estruturais em EAS, representando 61% dos casos notificados (Ahrens, 2012).
A combinação de partículas de gorduras e condensados de óleos inflamáveis conduzidos pelo sistema de exaustão de cozinhas, associada ao potencial de ignição dos equipamentos de cocção resultam num maior risco de incêndio do que os habitualmente encontrados em outras partes das edificações destinadas à assistência à saúde.
A segurança contra incêndio nas áreas de cocção pode ser obtida através da implementação de medidas de prevenção e de medidas ativas e passivas de proteção, aplicáveis aos equipamentos de cocção em si e aos sistemas de exaustão mecânica. É altamente recomendável que todo sistema de exaustão de cozinhas dos EAS seja equipado com sistemas fixos de supressão de incêndio em conformidade com o disposto na ABNT NBR 14.518.
Analisando-se os dados referentes às áreas de maior ocorrência de incêndios, suas principais causas e combinando esses valores com os números relativos aos danos à edificação (custos financeiros) e aos danos civis (número de vítimas), pode-se verificar também a severidade do impacto dos “princípios” de incêndio na continuidade das atividades de um EAS.

Pelo mesmo critério, ou seja, severidade do impacto de um eventual sinistro, verifica-se que o centro cirúrgico (CC), o centro obstétrico (CO), a unidade coronariana (UCO) e as unidades de terapia intensivas (UTI) apresentam necessidades de um tratamento diferenciado, tanto pelas condições clínicas dos pacientes (e a dificuldade inerente para deslocamento desses) quanto pelo esperado impacto nas condições de funcionamento dos EAS e reflexos financeiros, uma vez que são áreas geradoras de importantes receitas para as instituições.
Considerando as estatísticas apresentadas e as necessidades operacionais dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, sugere-se que seja implementada compartimentação de áreas, serviços ou riscos específicos, conforme o quadro a seguir:
Recomenda-se que as áreas ou ambientes marcados como alto risco no Quadro 8 sejam adequadamente compartimentados (horizontal e verticalmente) do restante da edificação através de barreiras corta-fogo com TRRF indicado e não possuam comunicação direta com as rotas de fuga, devendo assim ser providos de antecâmaras. Aludidas antecâmaras devem ser ventiladas através de dutos de entrada (insuflamento no terço inferior da antecâmara) e duto de saída (no forro ou terço superior dessa), ou alternativamente, ventiladas através de sistemas mecânicos adequadamente projetados e supridos pelo sistema de energia de emergência do EAS.
O recurso de enclausuramento e de antecâmara deve ser utilizado não só no caso de escadas e áreas de alto risco, mas sempre que possível nos acessos a rampas e halls de elevadores.
Há também de se considerar a crescente dependência dos serviços de apoio ao diagnóstico, dos serviços de controladoria e de diversos outros serviços dos EAS com relação à sua infraestrutura de tecnologia da informação (TI), especialmente da área de Datacenter. Mesmo um incêndio de pequenas proporções tingindo essa área pode comprometer seriamente ou até inviabilizar a continuidade da operação de um grande EAS.
Sugere-se que os centros cirúrgicos, centros obstétricos, medicina nuclear e demais áreas críticas sejam preferencialmente compartimentadas em pelo menos dois setores distintos de incêndio, pois no caso de um sinistro, não há parada completa do espaço ou serviço.
Recomenda-se fortemente que a compartimentação do pavimento dos centros cirúrgicos e centros obstétricos seja refletida no pavimento técnico imediatamente abaixo ou acima desse, viabilizando a continuidade das operações de um compartimento mesmo quando o compartimento adjacente for sinistrado.
Preferencialmente, as paredes divisórias entre quartos e/ou enfermarias entre si, e entre essas unidades e as rotas de fuga (corredores, halls de acesso ou de distribuição) do Estabelecimento Assistencial de Saúde, devem possuir TRRF de 60 minutos, independentemente do TRRF da edificação. Já as portas dessas áreas, devem preferencialmente ser do tipo resistente ao fogo por no mínimo 30 minutos.
A instalação de monta-cargas ou “tubo de queda” (chute) para uso de roupa suja, somente deve ser permitida quando esses estiverem localizados em uma prumada vertical de salas fechadas específicas (antecâmaras), devidamente compartimentadas do restante da edificação com barreiras corta-fogo e fumaça com resistência mínima de 2 horas. As portas corta-fogo dessas salas deverão ser providas de molas aéreas para fechamento automático, não podendo permanecer abertas.
Locais destinados à casa de máquinas, equipamentos de medição e transformação de energia elétrica, sala de motogeradores, áreas destinadas ao depósito de inflamáveis ou depósito de combustível, depósito de gases, farmácias gerais, centro de material esterilizado, casa de bombas de incêndio, sala de segurança e/ou da brigada de incêndio, deverão se constituir em setores de incêndio, delimitados por elementos resistentes ao fogo com TRRF 120 minutos.
Outras áreas que apresentam risco de incêndio elevado com relação ao risco médio encontrado nas edificações assistenciais de saúde devem ser adequadamente compartimentadas por elementos construtivos com TRRF 60 minutos.
Não será considerada quebra de compartimentação vertical a interligação de até 3 pisos ou pavimentos consecutivos, por intermédio de átrio, escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de área dos respectivos pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos no Quadro 9.

Destaca-se que essa mesma exceção não se aplica para as compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações (CBPMESP, 2011).
Assim, considerando o anteriormente exposto, em função da classificação do Estabelecimento Assistencial de Saúde quanto à sua volumetria, independentemente das necessidades particulares ou grau de risco de uma área e/ou serviço específico, recomenda-se a implementação de compartimentação (horizontal e vertical) conforme definido na Tabela 4 – Necessidades de Sistemas Especiais de Segurança Contra Incêndio, de acordo com as áreas máximas apresentadas sugeridas no Quadro 9 a seguir.
Deve eleger-se um eixo para implantação da compartimentação horizontal, devendo ser mantido em todos os pavimentos, minimizando a possibilidade que o fogo se alastre na diagonal de um andar para o outro.


Após definição, todas as barreiras corta-fogo e fumaça e os demais elementos de compartimentação devem ser adequadamente representadas nos projetos básicos de arquitetura para que sejam compatibilizadas com os demais projetos complementares (instalações), bem como preservados ao longo da utilização da edificação.
São inúmeras as soluções de projeto, bem como as alternativas técnicas e opções de materiais para implementação de compartimentação horizontal e/ou vertical, diferenciando-se, sobretudo, pela facilidade e flexibilidade de utilização e alteração, tempo de resistência ao fogo (de 30 a mais de 180 min.), acabamentos e custo.
Apenas para citar algumas, podem ser consideradas soluções em alvenaria convencional, blocos de concreto preenchidos, blocos de sílico-calcários de alta resistência, paredes em gesso acartonado resistente a fogo, paredes em gesso acartonado convencional com pintura intumescente, e outras.
Os elementos de compartimentação (externa e internamente à edificação, incluindo as lajes, as fachadas, paredes externas e as selagens dos shafts e dutos de instalações), bem como os elementos estruturais essenciais à estabilidade dessa compartimentação devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF da estrutura principal da edificação, inclusive para as selagens dos shafts e dutos de instalações.
Durante a implantação dos sistemas de compartimentação, recomenda-se que as partes superiores e não visíveis das barreiras corta-fogo e fumaça sejam marcadas (ex.: com tinta spray vermelha), para que não sejam alteradas nas manutenções ou reformas e caso sejam, possam ser adequadamente repostas ou refeitas. Também devem ser marcados os demais tipos de selagem corta-fogo (proteção passiva).

Cabe lembrar que a eventual falha dos dispositivos de acionamento das portas corta-fogo nas barreiras de compartimentação corta-fogo e fumaça deve se dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar a liberação de fechamento automático da porta, resguardando a segurança dos ocupantes.
Atenção especial deve ser dada ao tratamento das penetrações das diversas infraestruturas de instalações nas barreiras corta-fogo e fumaça das áreas compartimentadas. Sistemas de proteção passiva (“selagens”) ou eventualmente até medidas ativas devem ser especificadas em projeto e adotadas na obra para resguardar a eficácia dessa medida de segurança.

Selagem corta-fogo são sistemas específicos de proteção das penetrações de infraestruturas em barreiras corta-fogo e fumaça, compostos por meios e/ou estruturas de suporte de materiais de proteção passiva, que juntos garantem um tempo mínimo de resistência ao fogo e seus efeitos.
Os sistemas de selagem corta-fogo assim como os demais elementos de compartimentação devem apresentar, por um período determinado de tempo, as seguintes propriedades: estabilidade (resistência e integridade mecânica); estanqueidade (impedir a passagem de chamas e fumaça) e isolamento térmico (impedir a passagem de calor).
 Fundamentalmente, são utilizadas as seguintes tecnologias e/ou materiais de proteção passiva nos sistemas de selagem de barreiras corta-fogo e fumaça:
• Materiais Intumescentes: quando expostos ao calor, direta ou indiretamente, ocorre a expansão volumétrica do material formando uma camada isolante de proteção e/ou fechando aberturas;
• Materiais Endotérmicos: quando expostos ao calor, os materiais endotérmicos absorvem uma grande quantidade de energia liberando água (quimicamente presa) para esfriar sua própria superfície;
• Materiais Isolantes: materiais que dificultam a transferência de calor, criando uma barreira isolante;
• Materiais Ablativos: materiais que ao serem expostos ao calor, criam uma crosta endurecida isolante.
Quaisquer aberturas nas barreiras de compartimentação destinadas à passagem de instalações elétricas, instalações de telecomunicações, instalações hidrossanitárias e outras que permitam a comunicação direta entre áreas compartimentadas devem ser “seladas” de forma a promover a vedação total corta-fogo e fumaça, atendendo às seguintes condições (CBPMESP, 2011):
a) Devem ser ensaiadas para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da ABNT NBR 6.479;
b) Os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40 mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo em um dos lados da parede;
c) A destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem.


Cuidados especiais também devem ser tomados quanto à proteção das penetrações nas barreiras de compartimentação (vertical e horizontal) pelos tubos do sistema de correio pneumático, se existir. Todas as penetrações devem ser adequadamente protegidas através de selagem corta-fogo específica para essa finalidade.
De maneira análoga, considerando que um sistema de dutos de ar-condicionado, insuflamento ou exaustão tem o potencial de conduzir fumaça, gases tóxicos, gases quentes e chamas de exterior para o interior da edificação e ainda entre áreas internas dessa, bem como tem o potencial de fornecer ar alimentando a combustão numa área sinistrada por um incêndio, recomenda-se que o sistema de tratamento de ar em EAS seja projetado, operado e mantido observando os requisitos de segurança contra incêndio dispostos na ABNT NBR 7.256, de forma a minimizar o risco de incêndio.

Os elementos de proteção das aberturas existentes nas barreiras corta-fogo de compartimentação, como portas ou vedadores corta-fogo, dampers e demais elementos de selagem ou proteção passiva, podem apresentar TRRF de até 30 minutos menos que o tempo de resistência requerido para as barreiras de compartimentação onde encontram-se inseridos, porém, nunca inferior a 30 minutos.

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