Sinalização de Emergência - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Diversos tipos de sinalização de emergência fixadas no ambiente - Sinalização a baixa altura - Sinalização integrada -
Sinalização de
Emergência
É altamente recomendável que todo
Estabelecimento Assistencial de Saúde, independentemente de sua área e/ou
altura, possua um sistema de sinalização de emergência adequado. Há de se ter
em consideração, que grande parte dos usuários dos EAS não se encontra
familiarizada com a edificação, com seus equipamentos de segurança e com suas
saídas.
A sinalização de emergência numa edificação tem múltipla
finalidade. Inicialmente visa reduzir a probabilidade de ocorrência de um
“princípio” de incêndio, alertando para os diversos riscos existentes, prezando
para que sejam adotadas ações adequadas específicas para cada risco verificado,
contribuindo de forma eficaz com as ações de prevenção.
A sinalização de emergência tem também por finalidade
orientar as ações de combate, facilitando a localização de equipamentos
específicos para tal e, por fim, tem por finalidade principal, a função de
orientar o acesso às rotas de fuga e saídas de emergência para abandono seguro
da edificação em caso de sinistro.
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico faz
uso de símbolos, mensagens e cores objetivamente definidos conforme constante
na Parte 2 da ABNT NBR 13.434 e assim, não variam em razão da localidade da
edificação e não
devem ser alterados, permitindo que os usuários possam facilmente
reconhecê-los e interpretá-los corretamente.
Os diversos tipos de sinalização de emergência devem ser
implantados em função de características específicas de uso e dos riscos de
cada área do Estabelecimento Assistencial de Saúde, bem como em função de
necessidades básicas para garantir a segurança contra incêndio, conforme
disposto na ABNT NBR 13.434, constando de:
• Sinalização básica:
- proibição;
- alerta;
- orientação e Salvamento;
- equipamentos de Combate e Alarme.
“As sinalizações
básicas de emergência destinadas a orientação e salvamento, alarme de incêndio
e equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito fotoluminescente.”
• Sinalização complementar:
- rotas de Saída;
- obstáculos e Riscos;
- mensagens Escritas;
- demarcações de Áreas.
“As sinalizações
complementares de indicação continuada das rotas de saída e as de indicação de
obstáculos e riscos devem também possuir efeito fotoluminescente.”
As sinalizações de emergência devem ser instaladas em
locais visíveis a uma altura mínima de 1,80 metro, medida do
piso acabado à base da sinalização, distribuídas em mais de um ponto nas áreas
de risco e/ou compartimentos, de modo que pelo menos uma delas possa ser
claramente visível de qualquer posição dentro da aludida área, estando
distanciadas por no máximo 15 (quinze) metros entre si.
Adicionalmente, a sinalização de orientação e/ou de rotas
de saída deve ser instalada de maneira tal que, de qualquer ponto na direção de
evasão, seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitando o mesmo limite
máximo.
A mensagem indicativa de “SAÍDA” deve estar sempre grafada
em língua portuguesa, opcionalmente podendo ser complementada com indicação em
língua estrangeira.
Em escadas contínuas, além da identificação do pavimento
de descarga no interior da caixa de escada de emergência, deve-se incluir uma
sinalização de porta de saída com seta indicativa da direção do fluxo através
do pictograma apropriado. Observar que a abertura das portas em escadas não
deve obstruir a visualização de qualquer sinalização.
Quando o equipamento de combate a incêndio se encontrar
instalado em uma das faces de um pilar, todas as faces visíveis do pilar devem
ser sinalizadas para que seja possível a localização do equipamento de qualquer
posição dentro da área.
Como mencionado anteriormente, a fumaça desenvolvida no
incêndio pode encobrir a sinalização mais alta e comprometer o entendimento da
sinalização de segurança, dificultando em muito ou inviabilizando a rápida
localização das saídas e rotas de fuga, justificando assim os investimentos na
implementação de sinalização de fuga a baixa altura.
Cabe destacar que a sinalização a baixa altura deve
possuir características fotoluminescentes distintas e mais rigorosas que a
sinalização aplicada em altura convencional, pois por estar mais afastada das
fontes de iluminação, apresenta um carregamento mais lento.
Materiais devem possuir resistência mecânica suficiente,
destacando-se da comunicação visual instalada para outros fins.
Observar que os materiais utilizados para a confecção das
sinalizações de emergência devem utilizar elementos fotoluminescentes para as
cores branca e amarela dos símbolos, faixas e outros elementos empregados para
indicar sinalizações de orientação e salvamento, equipamentos de combate a
incêndio, alarme de incêndio e sinalização complementar de rotas de saída.
Destaca-se que o aludido material fotoluminescente deve atender à DIN 67510 ou
norma internacional de igual ou maior rigor.
As placas de sinalização de emergência devem ser
confeccionadas em material rígido fotoluminescente de alta intensidade
luminosa, não inflamável e autoextinguível, não radioativo, isento de fósforo e
chumbo, resistente a raios UV e agentes químicos, apresentando no mínimo 2,00 mm de espessura.
Novamente considerando que grande parte dos
ocupantes desconhece a edificação, sugere-se a implementação de placas de
sinalização com “mapas” das rotas de fuga em todas as salas de espera e atrás
das portas das áreas de internação. De maneira análoga, devem igualmente ser
disponibilizados em locais estratégicos “mapas” táteis com as rotas de fuga.
Nos corredores de circulação, a sinalização de emergência
deve preferencialmente ser instalada perpendicularmente às paredes, permitindo
a visualização de ambos os lados desses. Ressalta-se que a sinalização de
emergência não deve interferir no funcionamento dos demais sistemas de proteção
do EAS, especialmente com a atuação dos bicos de chuveiros automáticos, sendo
necessário manter-se um afastamento desses.
Recomenda-se realizar projeto específico de sinalização de
emergência, integrando-a às premissas de comunicação para atendimento aos
portadores de necessidades especiais conforme o disposto na ABNT NBR 9.050, em
uma solução única.
Sugere-se a implementação de um “Plano de Manutenção”
formal com vistorias periódicas, adequadamente documentadas, realizando através
de uma rotina de rondas trimestrais a verificação da alocação adequada da
sinalização de emergência em suas posições originais de projeto, tomando as
medidas corretivas quando necessárias.
Cabe ressaltar que toda intervenção arquitetônica, obra, reforma ou ampliação do Estabelecimento Assistencial de Saúde deve ensejar uma validação da sinalização de emergência originalmente existente na área e, caso necessário, essa deve ser complementada ou alterada no sentido de atender às novas necessidades.
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