quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Sinalização de Emergência - Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - Diversos tipos de sinalização de emergência fixadas no ambiente - Sinalização a baixa altura - Sinalização integrada -


Sinalização de Emergência
É altamente recomendável que todo Estabelecimento Assistencial de Saúde, independentemente de sua área e/ou altura, possua um sistema de sinalização de emergência adequado. Há de se ter em consideração, que grande parte dos usuários dos EAS não se encontra familiarizada com a edificação, com seus equipamentos de segurança e com suas saídas.
A sinalização de emergência numa edificação tem múltipla finalidade. Inicialmente visa reduzir a probabilidade de ocorrência de um “princípio” de incêndio, alertando para os diversos riscos existentes, prezando para que sejam adotadas ações adequadas específicas para cada risco verificado, contribuindo de forma eficaz com as ações de prevenção.
A sinalização de emergência tem também por finalidade orientar as ações de combate, facilitando a localização de equipamentos específicos para tal e, por fim, tem por finalidade principal, a função de orientar o acesso às rotas de fuga e saídas de emergência para abandono seguro da edificação em caso de sinistro.
A sinalização de segurança contra incêndio e pânico faz uso de símbolos, mensagens e cores objetivamente definidos conforme constante na Parte 2 da ABNT NBR 13.434 e assim, não variam em razão da localidade da edificação e não devem ser alterados, permitindo que os usuários possam facilmente reconhecê-los e interpretá-los corretamente.
Os diversos tipos de sinalização de emergência devem ser implantados em função de características específicas de uso e dos riscos de cada área do Estabelecimento Assistencial de Saúde, bem como em função de necessidades básicas para garantir a segurança contra incêndio, conforme disposto na ABNT NBR 13.434, constando de:
• Sinalização básica:
- proibição;
- alerta;
- orientação e Salvamento;
- equipamentos de Combate e Alarme.
“As sinalizações básicas de emergência destinadas a orientação e salvamento, alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito fotoluminescente.”
• Sinalização complementar:
- rotas de Saída;
- obstáculos e Riscos;
- mensagens Escritas;
- demarcações de Áreas.
“As sinalizações complementares de indicação continuada das rotas de saída e as de indicação de obstáculos e riscos devem também possuir efeito fotoluminescente.”


As sinalizações de emergência devem ser instaladas em locais visíveis a uma altura mínima de 1,80 metro, medida do piso acabado à base da sinalização, distribuídas em mais de um ponto nas áreas de risco e/ou compartimentos, de modo que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da aludida área, estando distanciadas por no máximo 15 (quinze) metros entre si.
Adicionalmente, a sinalização de orientação e/ou de rotas de saída deve ser instalada de maneira tal que, de qualquer ponto na direção de evasão, seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitando o mesmo limite máximo.
A mensagem indicativa de “SAÍDA” deve estar sempre grafada em língua portuguesa, opcionalmente podendo ser complementada com indicação em língua estrangeira.
Em escadas contínuas, além da identificação do pavimento de descarga no interior da caixa de escada de emergência, deve-se incluir uma sinalização de porta de saída com seta indicativa da direção do fluxo através do pictograma apropriado. Observar que a abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de qualquer sinalização.
Quando o equipamento de combate a incêndio se encontrar instalado em uma das faces de um pilar, todas as faces visíveis do pilar devem ser sinalizadas para que seja possível a localização do equipamento de qualquer posição dentro da área.
Como mencionado anteriormente, a fumaça desenvolvida no incêndio pode encobrir a sinalização mais alta e comprometer o entendimento da sinalização de segurança, dificultando em muito ou inviabilizando a rápida localização das saídas e rotas de fuga, justificando assim os investimentos na implementação de sinalização de fuga a baixa altura.

Cabe destacar que a sinalização a baixa altura deve possuir características fotoluminescentes distintas e mais rigorosas que a sinalização aplicada em altura convencional, pois por estar mais afastada das fontes de iluminação, apresenta um carregamento mais lento.
Materiais devem possuir resistência mecânica suficiente, destacando-se da comunicação visual instalada para outros fins.
Observar que os materiais utilizados para a confecção das sinalizações de emergência devem utilizar elementos fotoluminescentes para as cores branca e amarela dos símbolos, faixas e outros elementos empregados para indicar sinalizações de orientação e salvamento, equipamentos de combate a incêndio, alarme de incêndio e sinalização complementar de rotas de saída. Destaca-se que o aludido material fotoluminescente deve atender à DIN 67510 ou norma internacional de igual ou maior rigor.
As placas de sinalização de emergência devem ser confeccionadas em material rígido fotoluminescente de alta intensidade luminosa, não inflamável e autoextinguível, não radioativo, isento de fósforo e chumbo, resistente a raios UV e agentes químicos, apresentando no mínimo 2,00 mm de espessura.
Novamente considerando que grande parte dos ocupantes desconhece a edificação, sugere-se a implementação de placas de sinalização com “mapas” das rotas de fuga em todas as salas de espera e atrás das portas das áreas de internação. De maneira análoga, devem igualmente ser disponibilizados em locais estratégicos “mapas” táteis com as rotas de fuga.

Nos corredores de circulação, a sinalização de emergência deve preferencialmente ser instalada perpendicularmente às paredes, permitindo a visualização de ambos os lados desses. Ressalta-se que a sinalização de emergência não deve interferir no funcionamento dos demais sistemas de proteção do EAS, especialmente com a atuação dos bicos de chuveiros automáticos, sendo necessário manter-se um afastamento desses.
Recomenda-se realizar projeto específico de sinalização de emergência, integrando-a às premissas de comunicação para atendimento aos portadores de necessidades especiais conforme o disposto na ABNT NBR 9.050, em uma solução única.
Sugere-se a implementação de um “Plano de Manutenção” formal com vistorias periódicas, adequadamente documentadas, realizando através de uma rotina de rondas trimestrais a verificação da alocação adequada da sinalização de emergência em suas posições originais de projeto, tomando as medidas corretivas quando necessárias.

Cabe ressaltar que toda intervenção arquitetônica, obra, reforma ou ampliação do Estabelecimento Assistencial de Saúde deve ensejar uma validação da sinalização de emergência originalmente existente na área e, caso necessário, essa deve ser complementada ou alterada no sentido de atender às novas necessidades.

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